
Durante muitos anos Paulo Camacho foi o rosto do 'Primeiro Jornal' da SIC. Era ele que estava a apresentar as notícias quando as Torres Gémeas foram atacadas a 11 de setembro. Depois de ter sofrido um grave problema de saúde, Paulo Camacho, que faz parte de uma conhecida família de jornalistas, decidiu abraçar outros desafios e dedicou-se à comunicação empresarial. Pelo meio abriu com a então mulher Luísa Botelho um turismo rural no Alentejo, que foi destruído pelo grande incêndio que atingiu a região de Odemira e Odeceixe.
Paulo Camacho e a sua ex-mulher continuam a ser sócio e estão juntos numa campanha de solidariedade para reconstruir o monte. Através de uma plataforma de angariação de ajuda monetária, já conseguiram, nesta altura, mais de 20 mil euros. A meta é chegar aos 50 mil.
"Anos de trabalho, dedicação e amor foram consumidos pelo fogo. Em poucas horas, tudo, neste monte, mudou. Mas para nós, não acabou. Com a vossa ajuda, vamos conseguir transformar os escombros, a cinza e tudo o que foi queimado numa nova vida, pronta para vos receber como sempre fizemos. Avançamos com esta iniciativa de crowfunding porque este tema foi recorrente entre as largas centenas de mensagens que nos enviaram e nos tocaram profundamente. Não tendo conseguido apurar ainda a totalidade dos prejuízos, infelizmente sabemos que os recursos, seguros ou fundos disponíveis nunca vão chegar para equiparar o investimento necessário para voltarmos a ter uma Teima em todo o seu esplendor", lamentam, pedindo ajuda monetária.
E pelo que é possível ver na página, são vários os amigos de Camacho que estão a ajudar nesta campanha. Nomes ligados ao jornalismo e que se cruzaram com o antigo pivô mostram-se solidários e têm contribuído. Há por exemplo, uma Alberta Fernandes, provavelmente a jornalista da RTP que se estreou no jornalismo na SIC, ao lado de Camacho; Paulo Almoster que também passou pela redação da SIC, à semelhança de Alcides Vieira, durante muitos anos diretor de informação do canal, Paulo Cepa, repórter de imagem da televisão de Carnaxide, e José Ribeiro e Castro, e muitos outros que deram dinheiro de forma "anónima".
São, nesta altura, mais de 300 doações, de valores que oscilam entre os 1500 euros e os 10 euros.