
A cavaleira Ana Batista foi uma das vítimas da "noite de terror" em Coruche. A toureira de Salvaterra de Magos sofreu aparatosa colhida na corrida de toiros que se realizou sábado, 6, naquela vila ribatejana, do distrito de Santarém. Resultado: um golpe na cabeça e uma pancada na zona das costelas que chegou a temer-se estarem fraturadas.
Depois do susto ficaram as dores. "Pensei que só podiam estar enganados quando me deram os resultados dos exames. Já tive costelas partidas e conseguia montar a cavalo. Agora, as dores eram muitas. Só consegui voltar ao trabalho na segunda-feira [dia 8]", revela a cavaleira.
Ana Batista não teve tempo para descansar e recuperar completamente: "Quinta-feira [dia 11] tenho o Campo Pequeno. Não posso parar de trabalhar. Reforçaram a dose da medicação por causa das dores para que eu conseguisse montar a cavalo. Não há tempo para parar."
Depois da corrida dramática de Coruche, que resultou em ferimentos nos cavaleiros Ana Batista e João Moura jr, nos forcados Luís Fera e João Ventura, do Aposento da Moita, e na morte do cavalo de Moura Jr, Xeque-Mate, que teve que ser abatido após grave colhida, foram muitas as críticas de antitaurinos que usaram as redes sociais para declarações violentas e ameaças aos toureiros.
Indiferente a polémicas, Ana Batista está concentrada na recuperação e na preparação dos cavalos para a noite de quinta-feira, na Monumental de Lisboa.
A corrida de dia 11, no Campo Pequeno, faz homenagem à Região Autónoma dos Açores, além do concurso de pegas. Ao lado de Ana Batista vão estar os cavaleiros Filipe Gonçalves, Tiago Pamplona, Manuel Telles Bastos, Miguel Moura e Salgueiro da Costa. As pegas estão a cargo dos grupos de forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, do Campo Grande e de Beja. Os toiros são da ganadaria Engenheiro Jorge Carvalho.