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A SIC é muito melhor a gerir a grelha que os seus concorrentes, e por essa razão já está outra vez no controlo da situação. Bastou uma semana para dominar o ataque da TVI, com prolongamento da informação, dose reforçada de Araújo Pereira e proteção ativa do chef Ljubomir, o elo mais fraco da estação, no presente. Com estes movimentos, a que se juntou uma tarde bem planeada, a SIC voltou a ganhar ao domingo.
13 de janeiro de 2022 às 07:00
Cristina Ferreira, Big Brother Famosos
Cristina Ferreira, Big Brother Famosos

primeira semana completa do 'Big Brother Famosos' confirma três ideias aqui avançadas quando a TVI divulgou as informações iniciais sobre o formato. Em primeiro lugar, a SIC é muito melhor a gerir a grelha que os seus concorrentes, e por essa razão já está outra vez no controlo da situação. Bastou uma semana para dominar o ataque da TVI, com prolongamento da informação, dose reforçada de Araújo Pereira e proteção ativa do chef Ljubomir, o elo mais fraco da estação, no presente. Com estes movimentos, a que se juntou uma tarde bem planeada, a SIC voltou a ganhar ao domingo, dia que tinha perdido na semana anterior.

São, por isso, manifestamente exageradas as notícias da mudança de líder no mercado televisivo nacional. Em segundo lugar, também aqui tinha sido analisado o casting do BB e apontadas algumas falhas, que se confirmam: o grupo de concorrentes não facilita a adesão das famílias; faltam personalidades que amenizem, com o humor, o carinho ou a ingenuidade, o caráter rufia deste plantel.

O 'Big Brother Famosos' aproxima-se perigosamente de um programa de má fama, incapaz de juntar a família frente ao ecrã televisivo no serão de fim de semana. Por fim, a TVI precipitou-se na estreia: lançar um novo 'Big Brother' logo a seguir ao fecho do anterior não deu tempo a que o espectador tivesse saudades ou curiosidade.

Da noite de passagem de ano para o serão de dia 2 de janeiro praticamente não houve paragem, nem a necessária disponibilidade do espectador para se adaptar e estar disponível para o novo concurso. Segunda metade de janeiro teria sido a data ideal. Em resumo, caro leitor: não se deixe enganar pelo foguetório. Em janeiro, a SIC vai continuar a liderar.

São, por isso, manifestamente exageradas as notícias da mudança de líder no mercado televisivo nacional. Em segundo lugar, também aqui tinha sido analisado o casting do BB e apontadas algumas falhas, que se confirmam: o grupo de concorrentes não facilita a adesão das famílias; faltam personalidades que amenizem, com o humor, o carinho ou a ingenuidade, o caráter rufia deste plantel.

O 'Big Brother Famosos' aproxima-se perigosamente de um programa de má fama, incapaz de juntar a família frente ao ecrã televisivo no serão de fim de semana. Por fim, a TVI precipitou-se na estreia: lançar um novo 'Big Brother' logo a seguir ao fecho do anterior não deu tempo a que o espectador tivesse saudades ou curiosidade.

 

PROGRAMAÇÃO - GUERRA DE INTERVALOS

ver televisão
ver televisão Foto: getty images

A prova de que a competição está ao rubro é que tanto a TVI como a SIC iniciaram o ano a prescindir de muitos intervalos, o que significa perda inevitável de receita. No horário nobre, várias horas de programação se sucederam sem qualquer interrupção para anúncios. Neste pormenor, a TVI está bem mais agressiva que a SIC, com maior capacidade de abdicar de receita que o seu concorrente. Trata-se de um esforço que as empresas de televisão costumam fazer para proteger as suas principais estreias. Desta vez, proporcionou uma aproximação maior à liderança. A agilidade da empresa está a aumentar.

 

INFORMAÇÃO - OS DEBATES

Catarina Martins, Rui Rio, debate
Catarina Martins, Rui Rio, debate Foto: SIC

O debate entre António Costa e o líder do CDS é, até ao fim de semana passado, o mais visto de todos, com perto de milhão e meio de espectadores. Auditório semelhante só o do frente a frente entre Catarina Martins e Rui Rio, também na SIC, que juntou em média 1 milhão 411 mil espectadores. Os programas que opuseram Rio a Ventura, na SIC, António Costa a Jerónimo de Sousa, na TVI, e André Ventura ao primeiro-ministro, na RTP1, completam o conjunto de 5 debates que conseguiram mais de um milhão de espectadores. O resultado deste último também é digno de nota, porque aconteceu no canal 1 da RTP, onde são raros os programas com tanta audiência. Curiosamente, o debate menos visto até agora nas generalistas (deixo os do cabo fora desta contabilidade) opôs Costa e Rui Tavares: apenas 599 mil pessoas.

 

SOBE - JOÃO CARLOS MOLEIRA

João Moleira
João Moleira

O pivô do 'Jornal da Noite' de domingo tem uma longa carreira. Estreou-se na fundação da SIC Notícias. É verdadeiramente um homem da casa. O resultado do noticiário de domingo foi extraordinário. Rondou o milhão e meio de espectadores. Ajudou a SIC a recuperar a liderança no dia. Moleira apresenta com segurança e competência, até na rubrica de Marques Mendes.

 

SOBE - RAP

Ricardo Araújo Pereira
Ricardo Araújo Pereira

Arma secreta do seu canal, voltou a não deixar créditos por mãos alheias. O seu programa semanal passou a ser parte essencial da realidade política em fases eleitorais. A forma como analisou os debates vai determinar em grande parte a perceção que o público fará deles. A passagem a diário será mais um desafio difícil, mas se a SIC aposta é porque deve estar segura do que está a fazer. Veremos o resultado.

 

DESCE - BRUNO DE CARVALHO

Big Brother Famosos, Bruno de Carvalho
Big Brother Famosos, Bruno de Carvalho

Bruno tem no 'Big Brother' o mesmo problema que André Ventura tem nas eleições: não consegue contrariar a ideia que o público construiu da sua personagem. Um rufia a fazer de rufia não passa disso mesmo. O público, magnânimo, até lhe deu uma oportunidade e foi vê-lo. Rapidamente percebeu que o artista é tão mau como a memória que tinha dele. Só com a saída de cena do concorrente BdC o 'Big Brother' terá alguma hipótese de crescer.

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