
Os castings iniciais eram o maior atrativo do formato internacional do 'Ídolos.' O espectador português ligou-se emocionalmente ao concurso, no início deste século, não por causa dos talentos que apareciam a cada edição, antes pelas situações caricatas, insólitas e humorísticas que se geravam em provas iniciais prestadas por quem manifestamente não tinha talento para ali estar. Ora, a versão estreada esta semana pela SIC é uma espécie de 'Ídolos' light, sem açúcar. Confundindo entretenimento com exigências politicamente corretas, os responsáveis pelo programa, ou a estação, decidiram cortar a parte mais interessante e suculenta, e criaram um divertimento insípido, inodoro e incolor, destinado provavelmente a perder. Resultado: sem os castings iniciais, o 'Ídolos' está reduzido a uma espécie de 'The Voice' dos pobrezinhos. Esta limitação vai dificultar o sucesso do programa, circunstância agravada pelo facto de haver um novo painel de avaliadores que não tem carisma, não tem graça nem é conhecido de grande parte do público generalista. Em tempos sugeriu-se nestas páginas que a SIC regressasse ao 'Ídolo's como forma de requalificar o seu fim de semana: assim aconteceu. Porém, para meter no ar isto que se viu sábado passado mais valia a SIC ter ficado quieta. Há solavancos na estação liderada por Daniel Oliveira. Veremos se ainda vai a tempo de inverter um mês em perda.
Ora, a versão estreada esta semana pela SIC é uma espécie de 'Ídolos' light, sem açúcar. Confundindo entretenimento com exigências politicamente corretas, os responsáveis pelo programa, ou a estação, decidiram cortar a parte mais interessante e suculenta, e criaram um divertimento insípido, inodoro e incolor, destinado provavelmente a perder. Resultado: sem os castings iniciais, o 'Ídolos' está reduzido a uma espécie de 'The Voice' dos pobrezinhos.
Esta limitação vai dificultar o sucesso do programa, circunstância agravada pelo facto de haver um novo painel de avaliadores que não tem carisma, não tem graça nem é conhecido de grande parte do público generalista. Em tempos sugeriu-se nestas páginas que a SIC regressasse ao 'Ídolo's como forma de requalificar o seu fim de semana: assim aconteceu. Porém, para meter no ar isto que se viu sábado passado mais valia a SIC ter ficado quieta. Há solavancos na estação liderada por Daniel Oliveira. Veremos se ainda vai a tempo de inverter um mês em perda.
PROGRAMAÇÃO - TIROS NOS PÉS
Atempadamente aqui se alertou para o absurdo que a RTP preparava, ao anunciar a transmissão do 'American Song', traduzido por 'Festival da Canção dos EUA.' Apesar de tudo, nunca se imaginou que uma decisão destas atirasse o canal 1 do serviço público para os níveis já obtidos. Entre as 11 da noite e a meia-noite e 42, hora a que o festival foi para o ar, a RTP1 registou apenas 69 mil espectadores, correspondente a 2,5% de share. À hora a que o leitor lê esta página, esperemos que o formato já tenha sido descontinuado.
INFORMAÇÃO - CRISE NO CANAL 5
A SIC Notícias foi o primeiro canal de informação em Portugal. Liderou o mercado durante toda a primeira década do século. É, para todos os efeitos, uma instituição. Só por esse motivo abro uma exceção à regra, que o leitor compreende, de não falar do cabo, e deixo aqui esta nota. Durante o desafio da guerra na Ucrânia, a SIC Notícias jamais conseguiu arranjar uma linha editorial consistente. Balançou entre focar-se na informação internacional, ou divergir. Navegou ao sabor das dúvidas existenciais que a atacam desde o nascimento. Os cenários escuros dos especiais sobre a guerra nunca foram mexidos, nunca ganharam vida mesmo quando era óbvio que não serviam. Os melhores jornalistas da SIC não chegaram a sair da redação para o terreno. Resultado: o canal está em perda, cada vez mais longe dos seus concorrentes.
SOBE - CRISTINA FERREIRA
A edição extra de 'Big Brother', sábado passado, mostrou como a TVI está empenhada em chegar à liderança. Foi uma noite inteira de divertimento, música animada e festa, que tapou muito bem a estreia do 'Ídolos.'
SOBE - NUNO SANTOS
Sábado, o jornal da TVI conseguiu a rara proeza de ser o mais visto, contribuindo para um dia em cheio. Prova também que quando a informação da empresa se foca no essencial consegue dar cartas e acabará por obter bons resultados.
DESCE - FÁTIMA LOPES
À segunda semana, o 'Caixa Mágica' mostra debilidades na performance, o que vai criar dificuldades crescentes à SIC. Fátima Lopes é a melhor apresentadora em momentos de intensidade dramática. Querer fazer dela uma animadora delicodoce não vai resultar.