
O mês de outubro termina com uma diferença de sete décimas entre a SIC, ainda líder absoluta de mercado, e a TVI, cada vez mais próxima da concorrente. A SIC fará um share médio mensal de 16,1%, e a TVI 15,4%. Mas os sintomas de dificuldade para a estação de Daniel Oliveira tiveram no passado fim de semana uma manifestação relevante: tanto no sábado como no domingo a TVI superiorizou-se a toda a concorrência e ganhou dois dias seguidos, algo muito raro para a estação, no atual mercado generalista. No sábado, a TVI ganha o dia com um share de 13,6%, um nível muito baixo mas que, devido à erosão progressiva dos canais principais, já é suficiente para uma estação ser, por vezes, a mais vista. No domingo, a liderança foi alcançada com 15,6%, um resultado também baixo, mas que representa uma enorme vitória porque foi fruto da derrota de todos os formatos principais da SIC, incluindo o de Araújo Pereira, exceto na informação, onde a TVI ainda não encontrou a fórmula para ser competitiva, e onde continua sem uma opção clara sobre que via vai prosseguir para tentar a liderança – aproximar-se e disputar diretamente o auditório do jornal da SIC, sem espartilhar os produtos informativos através de rubricas que deixam a personalidade do noticiário em crise, ou ir na direção oposta. Se esse ponto fraco da TVI for resolvido, e com todo o investimento e inteligência que se nota na grelha, o ano que agora termina pode muito bem ter sido o último de liderança da SIC.
No sábado, a TVI ganha o dia com um share de 13,6%, um nível muito baixo mas que, devido à erosão progressiva dos canais principais, já é suficiente para uma estação ser, por vezes, a mais vista. No domingo, a liderança foi alcançada com 15,6%, um resultado também baixo, mas que representa uma enorme vitória porque foi fruto da derrota de todos os formatos principais da SIC, incluindo o de Araújo Pereira, exceto na informação, onde a TVI ainda não encontrou a fórmula para ser competitiva, e onde continua sem uma opção clara sobre que via vai prosseguir para tentar a liderança – aproximar-se e disputar diretamente o auditório do jornal da SIC, sem espartilhar os produtos informativos através de rubricas que deixam a personalidade do noticiário em crise, ou ir na direção oposta.
INFORMAÇÃO - LULA DA SILVA
Raramente uma eleição brasileira teve tanto impacto em Portugal como as presidenciais deste ano. Uma profusão de enviados especiais das televisões generalistas garantiu um acompanhamento de qualidade no Brasil e serviu o espectador português. Na noite da eleição houve uma intensidade quase semelhante à de uma noite eleitoral em Portugal. A melhoria da informação internacional é um dos efeitos positivos do ano de 2022.
PROGRAMAÇÃO - 'PRAÇA DA ALEGRIA'
Sónia Araújo é um caso sério de longevidade televisiva. Apresenta há 20 anos o daytime da RTP1. Nem sempre com sucesso estrondoso de audiências, é claro. Mas, na verdade, isso seria muito difícil de obter num canal com reduzida capacidade de criar estrelas e fluxos de público. Sónia Araújo já passou por várias fases, mas ninguém aguenta duas décadas no ar sem conseguir tocar o coração dos espectadores. E os espectadores do canal 1, predominantemente mais velhos e experientes, têm o condão de não se deixarem enganar.
SOBE - CRISTINA FERREIRA
Domingo em grande, com o 'Big Brother' a dar um salto e a liderar um autêntico contra-ataque da TVI. Bons sinais para o que resta do ano.
SOBE - ARAÚJO PEREIRA
Aparece a subir, mas não pelo formato que conduz, na SIC, que teve uma semana má. É devido à 'Grande Entrevista' que deu, na RTP3, e onde mostrou que, além de grande humorista, é um pensador inteligente do fenómeno mediático.
DESCE - ANDREIA RODRIGUES
Este ano é a última vez que a SIC pode apresentar o 'Quem Quer Namorar com o Agricultor?'. O formato está gasto e as derrotas ao domingo começam a comprometer o canal.