
Há uma conclusão óbvia e consensual sobre o futuro da RTP: como está, a empresa não pode continuar. A televisão do Estado vive a mais grave crise da sua existência de décadas. Pior do que não ter dinheiro é não ter um modelo de financiamento definido que lhe permita crescer. Pior do que não ter modelo de financiamento definido é os portugueses acharem que o dinheiro ali gasto é mal gasto. Pior do que não ter dinheiro nem a confiança dos portugueses para lhe dar mais meios é não ter audiências. Finalmente, pior do que não ter audiências é não ter rumo, missão nem sequer futuro definido. Em bom português, a RTP não aquece nem arrefece, os portugueses não veem utilidade na empresa e não há maneira de se sair deste círculo vicioso. Bem diferente é o caso da BBC, por exemplo. A televisão britânica enfrenta os mesmos problemas que cá. Grosso modo, em tempo de crise os ingleses olham para a sua televisão e questionam-se para que serve e para onde vai. Ora, a BBC tem uma vantagem abissal em relação à RTP: tem um modelo e serve de exemplo mundial. Emite em 41 línguas diferentes em todo o globo e tem uma audiência potencial de 360 milhões de seres humanos. Mesmo assim, vai ter de cortar 31 milhões de euros para equilibrar orçamentos. Vai haver fusão de serviços, reforço do
Em bom português, a RTP não aquece nem arrefece, os portugueses não veem utilidade na empresa e não há maneira de se sair deste círculo vicioso. Bem diferente é o caso da BBC, por exemplo. A televisão britânica enfrenta os mesmos problemas que cá. Grosso modo, em tempo de crise os ingleses olham para a sua televisão e questionam-se para que serve e para onde vai.
INFORMAÇÃO - GUERRA
O recrudescimento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia apanha os canais generalistas portugueses desprevenidos, sem enviados especiais de renome no terreno. O nível de investimento financeiro feito no início da guerra, eventualmente por pressão do maior esforço de guerra da TVI, terá esgotado grande parte dos recursos. Veremos como as direções reagirão a um inverno muito difícil no terreno.
PROGRAMAÇÃO - DUELO DE NOVELAS
Com o 'Sangue Oculto', a SIC parece ter recuperado capacidade competitiva na ficção nacional. A análise de audiências mostra que falta cativar as faixas etárias mais elevadas para ultrapassar definitivamente o 'Festa é Festa', da TVI. Numa altura em que domina na informação e na programação, a luta pela liderança na principal novela da noite é sinal de que a SIC pode atingir o pleno.
SOBE - RICARDO COSTA
Se na SIC Notícias está em grandes dificuldades, no negócio principal, a SIC generalista, soma vitórias sobre a concorrência, quer à uma da tarde, quer à noite. Isso dá-lhe tranquilidade.
SOBE - JOSÉ EDUARDO MONIZ
Analisaremos as rubricas do 'Jornal das 8', da TVI, em breve. Para já, uma nota positiva para o regresso de Moniz à apresentação. Um histórico da televisão voltar ao ecrã é sempre notícia relevante.
DESCE - FÁTIMA LOPES
Obteve um resultado fraco, domingo à noite, contra o 'Big Brother'. Recuperar glórias do passado, como o 'All You Need is Love', não costuma ser boa ideia. Longe vão os tempos da SIC Memória. O canal fechou, por alguma razão terá sido.