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Carlos Rodrigues
Carlos Rodrigues A Grelha da Semana

Notícia

Revolução nos debates

Começou uma revolução nos frente-a-frente eleitorais do Ocidente. Essa alteração chega do Brasil, onde um curioso formato no duelo televisivo entre Bolsonaro e Lula alterou os termos do espetáculo político.
21 de outubro de 2022 às 10:22
Debate Brasil, Lula da Silva, Jair Bolsonaro
Debate Brasil, Lula da Silva, Jair Bolsonaro Foto: Band

Começou uma revolução nos frente-a-frente eleitorais do Ocidente. Essa alteração chega do Brasil, onde um curioso formato no duelo televisivo entre Bolsonaro e Lula, organizado pela Bandeirantes e retransmitido para Portugal por SIC Notícias, RTP3 e CNN, alterou os termos do espetáculo político.

Os dois candidatos falaram e movimentaram-se livremente no estúdio, em vez de estarem atrás de púlpitos ou mesas. Dessa forma, conseguiram criar empatia com o espectador, porque se aproximavam da câmara à medida da sua própria intensidade de argumentação. Mesmo quando atacavam o rival, cada um dos candidatos a Presidente do Brasil continuava a falar para o espectador – nesse ponto, Lula foi mais eficaz, porque conseguia entrecortar os argumentos olhando nos olhos o oponente, no momento em que o discurso atingia o pico de intensidade. Dessa forma, Lula conseguiu criar a ilusão de um debate a dois tempos – num primeiro, falava para o espectador, e só depois concluía, enfrentando Bolsonaro olhos nos olhos.

Este dispositivo televisivo de debate político tem outra vantagem – como o plano mostra todo o palco, quando um dos candidatos está a falar o espectador consegue ver, lá atrás, a forma como o outro controla o nervosismo, ou prepara a próxima intervenção ao procurar um documento, ou como simplesmente se mantém em pé, na expectativa. Neste particular, também aqui Bolsonaro saiu em desvantagem porque se mostrou mais nervoso, e não conseguia estar quieto quando Lula intervinha. De resto, e tirando a movimentação cénica, os dois políticos tinham um banco de tempo à sua disposição para falarem e sugerirem temas.

Desta forma, ambos foram extremamente poupados com as palavras, para não ficarem sem tempo. O efeito foi bom. A audiência foi elevada, e a Bandeirantes quase igualou a líder, Globo, durante o programa. O ritmo acentuado fez deste debate um exemplo para o futuro dos duelos políticos eleitorais no Ocidente. Começou uma revolução.   

Os dois candidatos falaram e movimentaram-se livremente no estúdio, em vez de estarem atrás de púlpitos ou mesas. Dessa forma, conseguiram criar empatia com o espectador, porque se aproximavam da câmara à medida da sua própria intensidade de argumentação. Mesmo quando atacavam o rival, cada um dos candidatos a Presidente do Brasil continuava a falar para o espectador – nesse ponto, Lula foi mais eficaz, porque conseguia entrecortar os argumentos olhando nos olhos o oponente, no momento em que o discurso atingia o pico de intensidade. Dessa forma, Lula conseguiu criar a ilusão de um debate a dois tempos – num primeiro, falava para o espectador, e só depois concluía, enfrentando Bolsonaro olhos nos olhos.

Este dispositivo televisivo de debate político tem outra vantagem – como o plano mostra todo o palco, quando um dos candidatos está a falar o espectador consegue ver, lá atrás, a forma como o outro controla o nervosismo, ou prepara a próxima intervenção ao procurar um documento, ou como simplesmente se mantém em pé, na expectativa. Neste particular, também aqui Bolsonaro saiu em desvantagem porque se mostrou mais nervoso, e não conseguia estar quieto quando Lula intervinha. De resto, e tirando a movimentação cénica, os dois políticos tinham um banco de tempo à sua disposição para falarem e sugerirem temas.

 

INFORMAÇÃO - ORÇAMENTO DE ESTADO  

Fernando Medina
Fernando Medina

É uma época em que tradicionalmente a informação económica ganha tempo e relevância nos telejornais. Este ano, a entrega e apresentação pública do Orçamento do Estado pelo ministro Medina voltou a cumprir a tradição, talvez com maior impacto que o normal, atendendo à crise que afeta a todos. Temos visto praticamente todos os dias portugueses a contarem as suas dificuldades do dia a dia nos jornais dos três canais. A economia descodificada pela voz dos cidadãos é um avanço significativo na qualidade da informação económica nas televisões. 

 

PROGRAMAÇÃO - 'CRIME, DISSE ELA'

Morreu Angela Lansbury, estrela da série "Crime, Disse Ela"
Morreu Angela Lansbury, estrela da série "Crime, Disse Ela"

Poucas estrelas atingem uma dimensão tão global como ela. A notícia da morte de Angela Lansbury sensibilizou o mundo. Trata-se de uma atriz que atravessa gerações, porque esteve décadas na ribalta. Para os mais velhos, a série policial que protagonizou continua a ser uma referência. Para os mais novos, o encanto vem da participação em filmes de animação, como a Bela e o Monstro, mesmo que só com a voz e inspirando o desenho de uma personagem. Morreu uma atriz que parecia uma pessoa láde casa. Doce, familiar, compassiva.

 

SOBE - CARLOS ENES

Carlos Enes
Carlos Enes

Com um conjunto de reportagens nos jornais da estação, começa a marcar a atualidade e a valorizar o canal. Esteve longe da profissão. Em boa hora regressou ao jornalismo para voltar a ser um dos melhores na televisão generalista.

 

SOBE - JORGE GABRIEL

Jorge Gabriel
Jorge Gabriel

Agradecer a Goucha por ter saído da RTP, porque, caso contrário, ainda não seria apresentador da 'Praça da Alegria', é um sinal de rara humildade no atual panorama televisivo português. Um senhor!

 

SOBE - PEDRO SANTOS GUERREIRO

Pedro Santos Guerreiro
Pedro Santos Guerreiro Foto: D.R.

Descodifica os temas económicos no 'Jornal das 8' (TVI) com clareza de linguagem, e com a perceção de que, para o espectador televisivo, só a microeconomia importa. Tudo o resto é palha inútil.

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