
A 14 dias do fim do mês, agosto, tudo indica, voltará a ter a liderança da TVI. A estação de Moniz leva quase um ponto percentual de vantagem, o que indicia uma tendência de estabilização, uma vez que já terminaram os grandes eventos desportivos que marcaram o verão.
Se compararmos o balanço com o mesmo mês do ano anterior, verificamos que há sinais de estabilização no consumo de generalistas em sinal aberto, mas com clara inversão na hierarquia dos canais. Comparando o consumo conjugado de RTP1, SIC e TVI, há apenas menos 8 mil espectadores, em média.
Pouca perda para o período de um ano, sobretudo quando se fala na queda do consumo generalista. Mas a perda conjugada de 8 mil espectadores esconde uma realidade dura para a RTP e SIC, por contraponto com a TVI. Vejamos: o canal 1 perdeu 7 mil espectadores de agosto de 2023 a agosto deste ano. Já a SIC viu fugirem 16 mil pessoas. A TVI, pelo contrário, cresceu e tem mais 15 mil pessoas a verem o canal, em média, a cada minuto do mês.
O efeito deste movimento é a liderança clara da TVI, que cresce, num ano, de 13,5% de share para 14,2%, enquanto a SIC faz o percurso inverso, de 14% para 13,3% este ano. Empiricamente, é fácil cair na tentação de explicar o último ano da televisão como o da transferência de 0,7% diretamente da SIC para a TVI, enquanto a RTP continua a longa queda. A continuar assim, a TVI ganhará o ano, mesmo que perca por poucos mais algum mês até dezembro.
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