
Foi um jogo memorável, uma transmissão fantástica, e um serão que reconciliou o exigente adepto português com o futebol-espetáculo. Sábado à noite, o FC Porto ganhou a Supertaça ao Sporting no final de uma partida emocionante que agarrou perto de 1,7 milhões de portugueses ao ecrã, algo que parecia impossível de acontecer neste mês de agosto cheio de desporto, e depois de um Europeu mais que sofrível, provavelmente o pior deste século, pelo menos, que saturou o auditório televisivo.
Perto de um milhão e 700 mil foi o número médio de espectadores que acompanharam durante mais de duas horas e meia o Sporting-FC Porto de sábado à noite, 3 de agosto. Provavelmente uma audiência tão elevada justifica-se sobretudo pelas incidências do jogo, que teve o Sporting a golear aos 20 minutos, mas que assistiu, logo a seguir, a um dragão empolgado e a concretizar uma reviravolta como nunca tinha acontecido numa Supertaça, de tal forma que ninguém ficou indiferente a tanta emoção.
Ainda para mais, a realização foi boa, respeitando os timings do jogo e sem perder tempo com repetições irrelevantes, sempre com primazia ao direto. Uma ótima divulgação do futebol, curiosamente num dos poucos jogos da época que vai dar em sinal aberto.
Vítor Bruno
Entra na época a ganhar no campo, e também no discurso. A conferência de imprensa a seguir ao jogo marca o início de uma nova era para o clube: honesto, sóbrio e humilde.
A Subir
André Villas-Boas
A Descer
Rúben Amorim