
Uma final é sempre uma final. Porém, no torneio decisivo da Taça da Liga, o jogo do título foi o menos visto da competição. O 'ranking' semanal foi liderado pelas três partidas da 'final four', todas transmitidas pela SIC. Mas não é normal que as decisões tenham menos espectadores do que as meias-finais. A final registou apenas cerca de 1,4 milhões de espectadores, muito abaixo, tanto do jogo que opôs o Braga ao Sporting, como da partida entre Benfica e Estoril, que foi a emissão mais vista na semana passada. A explicação é simples, mas deve fazer pensar quem sonha com um sistema de renumeração dos jogos diferente do que é praticado atualmente. O que desequilibrou as audiências da competição foi o afastamento precoce, tanto do Benfica, como do Sporting. A partida de sábado, que se destinava a entregar a taça ao vencedor, opôs o Sporting de Braga ao Estoril Praia, e não suscitou grandes paixões. Eis o grande risco do futebol entre nós: os três clubes grandes são a verdadeira razão para que os portugueses vejam os jogos em direto, vibrem e torçam pelos seus ídolos. Sem esses três clubes que movimentam verdadeiramente multidões, o espetáculo televisivo fica sem aquele sal e pimenta que faz a diferença. Também por isso, a centralização dos direitos televisivos do campeonato português é uma ilusão arriscada, sobretudo naquela parte que pretende melhorar a divisão do bolo entre todas as equipas.
A final registou apenas cerca de 1,4 milhões de espectadores, muito abaixo, tanto do jogo que opôs o Braga ao Sporting, como da partida entre Benfica e Estoril, que foi a emissão mais vista na semana passada. A explicação é simples, mas deve fazer pensar quem sonha com um sistema de renumeração dos jogos diferente do que é praticado atualmente. O que desequilibrou as audiências da competição foi o afastamento precoce, tanto do Benfica, como do Sporting.
PROGRAMAÇÃO - COROA CANSADA
Cheguei tarde à temporada mais recente do 'The Crown', terminada em dezembro passado. A série está gasta e cansada. Arrasta os pés como a monarquia agora liderada por Carlos III. Perdeu charme e 'glamour'. Cada episódio é um aborrecimento sem fim. Nem o facto de retratar a era mais recente, já no final da vida de Diana, ajuda o espectador moderno a acompanhar a trama. Trata-se de um bom exemplo de como não saber acabar a tempo pode deitar tudo a perder.
INFORMAÇÃO - PJ NA MADEIRA
A operação da justiça no Funchal teve uma enorme complexidade logística. Mais de 200 agentes da polícia viajaram do continente para a Madeira em aviões da Força Aérea, e regressaram utilizando autocarros, fretados para o efeito, que os levaram de volta ao aeroporto. Pelo menos duas estações de televisão, a TVI e a CMTV, fizeram bem o seu trabalho jornalístico e deram atempadamente as notícias sobre este relevante movimento judicial. Tiveram o que na linguagem jornalística se chama "furos", exclusivos, informação em primeira mão. Neste caso, além da justiça, o trabalho jornalístico merece elogio.
SOBE - MATILDE REYMÃO
Protagonista da novela que é aposta central de Queluz de Baixo, tem aqui a grande oportunidade da sua carreira. Até ao momento, o sucesso está em aberto.
SOBE - SOFIA RIBEIRO
A SIC tenta recuperar a credibilidade na ficção com a 'Senhora do Mar', que estreia já na segunda-feira. Sofia Ribeiro traz boas memórias à estação, e desta vez não pode falhar.
DESCE - JOSÉ FRAGOSO
Na ficção, a televisão do Estado vai mal ao voltar a adquirir uma novela à TV Record, a cadeia brasileira ligada à IURD. Opção muito duvidosa para a estação pública portuguesa.