
O calendário dos debates televisivos entre os líderes políticos já está feito. Mais uma vez, os partidos sem representação parlamentar ficaram de fora, naquilo que é uma verdadeira perversão democrática: quem está no parlamento tem muito mais hipóteses de continuar do que todos aqueles que estão fora do circuito da representatividade. A partir do momento em que partidos e televisões chegam a acordo sobre esse princípio, pouco há a fazer – a não ser que se dê o caso, como no CDS, de reentrar através de uma qualquer aliança com um partido maior. Os debates deste ano dividem-se entre os três canais generalistas e respetivos canais de cabo – a CMTV opta, como sempre, pela mais informativa estratégia de entrevistar os líderes, o que não tem a mesma dimensão espetacular dos debates, que são organizados quase como jogos de futebol, mas que permite esclarecer melhor as questões-chave para os eleitores. Menos política-espetáculo, mais conteúdo, eis o que as entrevistas permitem. Este ano, atendendo ao desempenho registado até ao momento pelos recentes congressos partidários, há sinais de um maior desinteresse pela matérias eleitorais que o habitual. Será isso resultado da prolongada crise, que já satura de tão longa que vai? Será fruto da avaliação popular, eventualmente negativa, sobre os líderes partidários? Neste momento, ninguém sabe. Tal como não é possível adivinhar se este divórcio dos espectadores significa que a abstenção vai bater recordes no dia 10 de março. Cá estaremos para analisar as audiências dos debates.
A partir do momento em que partidos e televisões chegam a acordo sobre esse princípio, pouco há a fazer – a não ser que se dê o caso, como no CDS, de reentrar através de uma qualquer aliança com um partido maior. Os debates deste ano dividem-se entre os três canais generalistas e respetivos canais de cabo – a CMTV opta, como sempre, pela mais informativa estratégia de entrevistar os líderes, o que não tem a mesma dimensão espetacular dos debates, que são organizados quase como jogos de futebol, mas que permite esclarecer melhor as questões-chave para os eleitores. Menos política-espetáculo, mais conteúdo, eis o que as entrevistas permitem.
INFORMAÇÃO - CHEGA
Novo congresso, nova dose cavalar de transmissões em direto nalguns canais de informação. O desinteresse do público por este tipo de eventos advém do afastamento em relação à política, ou os eleitores afastam-se da política por causa deste tipo de aborrecimentos televisivos? André Ventura é um tribuno audaz, mas nem assim conseguiu cativar os espectadores do cabo.
PROGRAMAÇÃO - NOVO CANAL?
A proliferação de canais que transmitem futebol leva a que um espectador tenha de pagar várias dezenas de euros para poder assistir a todos os jogos que envolvem equipas nacionais – Sport TV para a Liga, BTV para o Benfica e Eleven para a Champions. É curioso que a esta fartura de canais a pagar não corresponda nenhuma emissão de informação desportiva – a Bola TV é a única exceção, mas nunca se conseguiu afirmar e nem sequer está em todas as plataformas. Um verdadeiro canal de informação desportiva tem neste vazio um nicho de mercado potencial muito relevante, que pode ser explorado a qualquer altura.
SOBE - FRANCISCO PEDRO BALSEMÃO
A Supertaça espanhola foi transmitida na plataforma Opto, da SIC. Trata-se de um negócio à primeira vista ruinoso, mas que faz todo o sentido: o futebol é uma alavanca para os consumos fora da televisão linear. A experiência deve ser prosseguida.
SOBE - NICOLAU SANTOS
Mantém a empresa nos carris em plena crise política, e com o mandato da administração a caminho de cessar. Na turbulência própria da RTP, os anos em que liderou a empresa correram bem. O desafio da Jornada Mundial da Juventude foi a cereja no topo do bolo.
SOBE - NELMA SERPA PINTO
É indubitavelmente uma pivô que está a crescer no universo da SIC, e atualmente será a melhor em ação no canal de cabo da estação. As entrevistas políticas nos congressos em que esteve mostram que tem conteúdo.