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Francisco Moita Flores
Francisco Moita Flores Piquete de Polícia

Notícia

As mulheres na justiça

Não deixa de ser surpreendente que, no mundo dominado por homens, tenham colocado nos mais altos lugares da Justiça em Portugal várias mulheres.
04 de dezembro de 2015 às 00:00

Não deixa de ser surpreendente que, no mundo dominado por homens, tenha ocorrido em Portugal uma circunstância que coloca nalguns dos mais proeminentes lugares da Justiça várias mulheres. A Procuradoria Geral da República é liderada por Joana Marques Vidal, a Procuradoria Distrital de Lisboa, a mais poderosa do país, vai ser chefiada por Maria José Morgado e, finalmente, o ministério da Justiça tem à sua frente, Francisca Van Dunen, procuradora geral adjunta. Não se regista o facto, invocando como motivo de a todas elas serem reconhecidas elevadas capacidades profissionais. A estas figuras, quero juntar a bastonária da Ordem dos Advogados.

Nas últimas décadas, surgiram por força da emergência feminina na vida social activa, grandes quadros que raramente conseguiram passar de um patamar de subalternidade. O poder, dominantemente falado no masculino, escolhe homens para liderança de administrações, direções, relegando sempre as mulheres, mesmo que sejam mais competentes, para os territórios secundários da decisão.

É assim na política, na administração pública, nas empresas, mesmo que sejam cada vez mais as mulheres com graus académicos, maioritárias em quase todas as universidades. A cultura machista, na qual radicam algumas das explicações para a violência doméstica, tem resistido a esta emergência social que obriga à aceitação da igualdade de género por força da própria vida. Não deixa de ser curioso, a propósito, que surja uma mulher na disputa às eleições que se avizinham para a presidência da República com condições para poder ser eleita. É o segundo caso em mais de 40 anos de democracia.

São sinais dos tempos. Bons sinais, diga-se. Importa que o país saiba reconhecer esta reconstrução da cidadania sem olhar ao género, à raça ou à condição. Não tanto porque os cargos são mais ou menos bem desempenhados. Sobretudo porque esta ascensão reproduz expectativas de tratamento igual à luz de padrões que competência onde não intervem a diferenciação sexual. É, talvez, uma mera circunstância conjuntural. Simbólicamente é um sinal da História para a igualdade de géneros.

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