
Todos sabemos que Judite Sousa é um alvo fácil para muitos, principalmente dos parasitas e cobardes, aqueles que, nas redes sociais, por trás de perfis falsos, destilam ódio, inveja, ciúmes e insultos gratuitos. Desta vez, a jornalista da TVI, com um percurso profissional imaculado de mais de 30 anos, foi vítima de uma canalhice de um colega.
No Rio de Janeiro, impossibilitada de fazer um directo num determinado local, por causa do excesso de luminosidade que afecta a sua visão (os oftalmologistas chamam-lhe fotofobia), discute com o repórter de imagem, chegando mesmo a dizer, em desespero de causa, que quem manda ali é ela. Obviamente. Além do seu passado, recordo que é directora adjunta de Informação da estação.
Mas passemos à frente da inocência irritante de Ricardo Silva, que a acompanhou na derradeira semana de campanha eleitoral no Brasil, ao insistir numa situação que cheira a desautorização a uma superior hierárquica: quem a quis amachucar, humilhar ou até destruir? Já em Portugal, magoada, desiludida, triste e revoltada com o roubo das imagens da discussão com o seu colega, Judite Sousa desabafou, na rede social Instagram: "Só tenho mesmo de estar preocupada com quem me quer tramar na TVI. E isso agora vai ter de ser descoberto. Custe o que custar. A mim e à empresa que me contratou em 2011."
Naturalmente. E o que se impõe, portanto, neste momento, é o director de Informação, Sérgio Figueiredo, e a administração da Media Capital unirem-se em redor de um dos seus melhores activos (e parece-me que estão) e irem até ao fim no apuramento da descoberta da tal toupeira, com ou sem ajuda da Polícia Judiciária, porque o que aconteceu é gravíssimo, que mancha a história de qualquer televisão.
Ah, sobre a discussão entre Judite Sousa e Ricardo Silva, no Rio de Janeiro, apetece-me dizer uma coisa: só quem nunca trabalhou ou, neste caso, quem não é jornalista é que nunca passou por uma situação semelhante no terreno – para mim, a discussão é banalíssima e só ganha um contorno destes porque alguém roubou as imagens com o objectivo de matar profissionalmente alguém.
O que eu teria feito? Eu teria dito uma c********, em voz alta, e arrumava com a questão logo à primeira resistência do meu camarada. Era limpinho, limpinho.