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Paulo Abreu
Paulo Abreu O Tal Canal

Notícia

Das banalidades de Rita Pereira ao talento

A passerelle da festa dos 29 anos da TVI, no Casino, mostrou várias coisas: um discurso vazio da atriz de ‘Quero É Viver’, os recados de José Eduardo Moniz e os deslumbramentos dos repórteres. Valham-nos mulheres e homens como São José Lapa e Diogo Infante.
26 de fevereiro de 2022 às 02:56
Rita Pereira
Rita Pereira

1. Os 29 anos da TVI, comemorados no sábado, 19, no Casino Estoril, deram para quase tudo: para ver, na passerelle, o glamour, as sandálias e os vestidos que privilegiam as pernas e os decotes das atrizes e das apresentadoras; para ouvir banalidades de Rita Pereira e os recados internos e externos de José Eduardo Moniz, já oficialmente no papel de diretor-geral; para constatar os deslumbramentos dos fracos repórteres no terreno, destinados a missões tão pobres e ridículas; para apreciar talentos de rostos bem conhecidos no palco; e, por fim, para confirmar também que o momento é de festa, lantejoulas e holofotes da fama, após dois anos de pandemia, entre confinamentos, infeções e medos. E por isso não me vou alongar mais sobre o evento, líder de audiências no dia, com 1 milhão e 200 mil espectadores. Prefiro olhar para a essência da arte, a de representar, que São José Lapa personifica de forma exemplar em ‘Quero É Viver’– e que faz a diferença na novela.

Em ‘Quero É Viver’, São José Lapa, de 70 anos, é um bálsamo para quem está em casa, sentado no sofá, a ver mais um episódio desta segunda trama de horário nobre da TVI, uma boa adaptação de Helena Amaral. É uma atriz de corpo inteiro, com uma voz soberana, um olhar que transmite mais sentimentos do que um discurso de mil palavras, uma inteligência que transporta para a sua personagem, feliz a fazer o que faz, de certeza livre daquelas preocupações das ditaduras dos likes no Instagram, provando que foi um crime ter estado tanto tempo ausente da televisão – o seu último trabalho tinha sido em ‘Água de Mar’, da RTP1, em 2014. São José Lapa é uma mulher do teatro, é verdade, com um currículo de luxo e uma história única na tábua, mas faz-nos, definitivamente, muita falta na ficção.

2. Falei em teatro… e tenho de partilhar o meu regresso ao Trindade, em Lisboa, para ver ‘O Amor É tão Simples’. Se o elenco desta comédia com um lado trágico-cómico é uma escolha feliz, Diogo Infante, que acumula os papéis de protagonista e encenador, está soberbo – e num registo completamente diferente daquele que assume na novela ‘Quero É Viver’. Vale mesmo a pena ver a peça, caro leitor, até para desligar, por umas horas à noite, das Netflix e HBO desta vida.

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