
1. A SIC adquiriu em outubro os direitos de ‘A Quinta’, reality show apresentado por Teresa Guilherme que fez furor na TVI em 2015/16, e as expectativas eram enormes. "É uma grande aposta", começou por assumir, entusiasmado, Daniel Oliveira. "É um produto que vai na linha daquilo que temos tido nos últimos anos, que são as experiências sociais. Procura trazer um lado divertido da gestão daquilo que é a vida na quinta, mas também um lado muito duro para quem é da cidade." A verdade é que, a caminho das duas primeiras semanas de emissão, os números parecem provar que o diretor de Programas se enganou novamente, depois dos recentes fracassos de ‘Casados no Paraíso’ e ‘Papel Principal’.
‘Era Uma Vez na Quinta’, entregue a Andreia Rodrigues, prendeu apenas 606 mil espectadores no último domingo, já empurrado entretanto para o horário da 22:30, um número que lhe valeu um lugar fora do top 10 das audiências. Mau demais, para um investimento de milhões de euros. De segunda a sexta-feira, tentando inverter o rumo dos acontecimentos, Daniel Oliveira decidiu colocar também diários após o ‘Jornal da Noite’. No início da semana, por exemplo, pôs César Mourão na herdade, entre os concorrentes, em jeito de ‘Terra Nossa’.
Não sei sinceramente qual o futuro deste reality show, que devia ter diretos, que devia ter galas, que devia ter Júlia Pinheiro, que devia ter João Neves em full time. Sei que, para já, os especiais às 19:00 estão nos 500 mil espectadores, menos 300 mil do que o ‘Big Brother’, na TVI, à mesma hora, e que estão a prejudicar o noticiário de Clara de Sousa e de Rodrigo Guedes de Carvalho.
2. Por falar em ‘Big Brother’, novamente nas mãos de Cláudio Ramos, recordei-me há dias de Cristina Ferreira. Quando regressou à TVI, em 2020, afastou o apresentador do reality, com a justificação em Queluz de Baixo de que não tinha estofo para tal desafio. Está a provar que tem. E o tempo, mais uma vez, encarregou-se de fazer justiça. "É um colega excecional, um profissional como poucos, um amigo para a vida", elogiou, recentemente, a (pouco) diretora. Incrível, não é?