
1. Escrevi-o aqui, há muito, que Fernando Mendes merecia uma estátua na RTP. Enganei-me. Merece duas. O ator foi aposta da estação há 21 anos(!) para apresentar ‘O Preço Certo’, de segunda a sexta, entre as 19:00 e as 20:00, e por lá se mantém. Com sucesso. Mais do que as audiências, porém, que nesta época chegam a superar a marca de 1 milhão de espectadores, que lhe valem a liderança, é justo olhar para o seu serviço público: a companhia que faz aos portugueses.
Se os números do programa falam por si, prefiro dar valor ao que observo fora do conforto da minha redação ou do meu lar: a companhia – é a palavra-chave – que um homem, com H grande, consegue fazer na TV, seja junto de doentes, em quartos de hospital, seja em centros de dia ou de reformados, seja em cafés, seja onde for, em qualquer cantinho do País. Fernando ri, e faz rir; diverte-se, e faz divertir; emociona-se, e faz emocionar; não se coloca em bicos de pés no estúdio com os concorrentes, nem com o público. É carinhoso, genuíno. É do povo, trabalha para o povo.
Juntamente com a sua equipa, Lenka da Silva, Mário Andrade, Miguel Vital e Teresinha Medeiros, num formato simples, mas que vai derrotando a concorrência – atualmente ‘Casados no Paraíso’ (SIC) e ‘Big Brother’ (TVI) –, Fernando merece uma vénia, uma homenagem, duas estátuas.
2. A morte de Sara Tavares tinha sido anunciada minutos antes. O ‘The Voice’, tantas vezes desprezado, arrancou com uma homenagem arrepiante à cantora. No palco, António Zambujo, Fernando Daniel, Sara Correia e Sónia Tavares interpretaram ‘Chamar a Música’, em direto, e Catarina Furtado, ali ao lado, só podia chorar. As suas lágrimas eram as nossas.
3. José Gomes Ferreira terá ameaçado Bárbara Reis, redatora principal do jornal ‘Público’, após esta criticar a gafe que o mesmo cometeu no ‘Primeiro Jornal’ sobre a demissão de António Costa. "No fim de tudo isto, recebi uma mensagem de Gomes Ferreira, por WhatsApp, às 00:48: ‘Prepara-te’", denunciou a jornalista. A ser verdade, é mais uma nódoa no percurso deste "senhor".