
Porém, o conhecimento alargado desta técnica de identificação, ainda que hoje continue a ser eficaz, teve como reação a utilização massiva de uso de luvas, por parte dos delinquentes, procurando não deixar vestígios dactilares na consumação dos seus crimes. Em alguns casos, chegaram a desfazer com a ajuda de ácidos as pontas dos dedos de forma a perder definitivamente as impressões digitais.
Todavia, um novo método para a identificação surgiria com mais rigor e com possibilidade de pesquisa mais alargada – o ADN.
Este composto existe nas células animais com a forma de uma dupla hélice, agregada através de ligações chamadas nucleotídeos e contém a informação genética de cada um dos seres vivos.
É conhecido desde os meados do séc. XIX, descoberto por Fiedrich Miescher, embora só tenha sido analisado com a importância que hoje se lhe reconhece em meados do séc. XX. James Watson e Francis Crick ganharam o prémio Nobel da medicina em 1962 graças ao importante contributo para conhecer este polímero que contém a nossa informação genética. Foi um grande salto na microbiologia celular e confrontou-nos com notícias espantosas sobre o pulsar da vida.
Tendo em conta a informação armazenada no ADN, o inglês Alec Jeffreys aplicou este saber às ciências forenses dando-lhe o nome de impressão genética, numa clara analogia com a impressão digital. Porém com um campo mais vasto de pesquisa para a identificação. Como o ADN existe em todas as células é possível de pesquisar em sangue, cabelos, epitélios, suor, lágrimas, saliva deixadas no local do crime.
Basta possuir um banco de dados ou a entrega voluntária de um cabelo ou de saliva para proceder à comparação, sendo certo que o ADN de cada ser humano é único.