Quando se tornou popular a fazer o remake de ‘O Pátio das Cantigas’, há 10 anos, César Mourão foi rapidamente apontado como discípulo de Vasco Santana, o protagonista do filme original, o beberolas Narciso que só “entrou na linha” por amor. Mourão tinha a graça, o à-vontade, a linha de comédia natural de Vasco Santana.
Funcionou. A SIC, mais exatamente Daniel Oliveira, rapidamente percebeu o “fenómeno Mourão” e tratou de lhe dar um programa: ‘Terra Nossa’ foi desde a estreia um êxito, colando espetadores ao ecrã, que riam com a naturalidade com que Mourão falava com o cidadão comum que se transformava na estrela do formato e obrigava a SIC a fazer repetições e mais reedições do que já fora gravado, já tinha ido para o ar, mas havia sempre espaço e público para mais um bocadinho. Mourão, ao lado de Ricardo Araújo Pereira, transformou-se na galinha dos ovos de ouro da SIC. No que toca, ganha.
De forma que não é de estranhar que, agora que apresenta um concurso de “parvoíces”, onde as perguntas às famílias concorrentes se baseiam em “como se percebe que o marido tem uma amante?” e outras do género, que o programa escale os tops dos programas mais visto e coloque a SIC numa posição de “voltar a jogo” na guerra pelas audiências. Quem tem Mourão, tem tudo!