A ansiedade e a perturbação obsessiva-compulsiva segundo António Raminhos: "Há já algum tempo que deixei de castigar-me pelos pensamentos que tenho"
O humorista tem novo livro. A obra baseia-se em histórias vividas na primeira pessoa, que pretende demonstrar que a saúde mental não deve ser tabu. À FLASH!, fala da motivação para a escrita.
Somos Todos Estranhos - Até Percebermos que isso é Normal, assim se chama o segundo livro de António Raminhos. O livro aborda a saúde mental e o como este tema não pode ser um tabu.
Em conversa com a FLASH!, António Raminhos explicou que o livro é uma autobiografia, mas que não deixa de ser sobre saúde mental, "Desde pequeno que lido com o tema da ansiedade e de perturbação obsessiva-compulsiva. Mas não é um livro de autoajuda, nem sou guru de nada, nem estou curado. Sou uma pessoa, como outra qualquer, a fazer o seu caminho, a fazer descobertas e a pensar sobre isso." "O livro é genuíno, tudo o que lá está é real embora eu brinque com muitas histórias, porque eu também sou isso. Não é um livro pesado, pelo contrário, espero que traga compreensão e leveza!" Acrescentou o comediante.
"O livro é genuíno, tudo o que lá está é real embora eu brinque com muitas histórias, porque eu também sou isso. Não é um livro pesado, pelo contrário, espero que traga compreensão e leveza!" Acrescentou o comediante.
António Raminhos explicou que foi devido à pandemia que surgiu a oportunidade para escrever este livro e que sentiu a necessidade de partilhar a sua história. Este pretende que as pessoas se relacionem com as suas ideias, fazendo com que percebam que não estão sozinhas e que ter alguns tipos de pensamentos não é assim tão estranho. "Se eu não partilhar as minhas histórias, o que me vai na cabeça, vou achar que sou o único a viver nesse registo, que mais ninguém pensa assim e claro que vou achar que sou estranho e maluco! Mas é a partir do momento que leio, falo, relativizo e partilho que compreendo que há mais pessoas no mundo que já tiveram esses mesmos medos e pensamentos."
"Se eu não partilhar as minhas histórias, o que me vai na cabeça, vou achar que sou o único a viver nesse registo, que mais ninguém pensa assim e claro que vou achar que sou estranho e maluco! Mas é a partir do momento que leio, falo, relativizo e partilho que compreendo que há mais pessoas no mundo que já tiveram esses mesmos medos e pensamentos."
Continuou: "Só quando comecei a ler, a fazer terapia é que percebi que, do outro lado do mundo, havia pessoas exatamente com os mesmos processos que os meus. E por isso, no livro conto histórias muito estranhas e pessoais porque sei que haverá sempre alguém que vai compreender." Também contou que escreveu este livro não só pelas histórias mas sim para mostrar às pessoas que têm direito a ter problemas, "Todos nós passamos por momentos de medo, ansiedade, distúrbios, desequilíbrios. Faz parte! Ninguém é forte por esconder ou dizer que não tem nada… tal como ninguém é fraco por dizer que sofre disto ou daquilo." Este tem um objetivo com este livro, "que as pessoas um dia possam dizer que vão ao psiquiatra com o mesmo à vontade que dizem que vão ao dentista."
Também contou que escreveu este livro não só pelas histórias mas sim para mostrar às pessoas que têm direito a ter problemas, "Todos nós passamos por momentos de medo, ansiedade, distúrbios, desequilíbrios. Faz parte! Ninguém é forte por esconder ou dizer que não tem nada… tal como ninguém é fraco por dizer que sofre disto ou daquilo." Este tem um objetivo com este livro, "que as pessoas um dia possam dizer que vão ao psiquiatra com o mesmo à vontade que dizem que vão ao dentista."
O comediante terminou referindo que há sempre uma razão pra todos os comportamentos e todas as "pancadas" que as pessoas têm, "Há já algum tempo que deixei de castigar-me pelos pensamentos que tenho, procuro compreender de onde vêm e como posso crescer com isso."