Herói nacional: André Serra, o piloto que perdeu a vida a combater as chamas em Foz Côa
O comandante-piloto era natural do Barreiro, residia em Lisboa, tinha 32 anos de idade e deixa mulher e filha menor.
André Rafael Serra era natural do Barreiro, tinha 32 anos de idade, residia em Lisboa e deixa mulher e uma filha menor. Ingressou na Força Aérea em 2009 e tinha 12 anos de experiência em aviões de combate a incêndios. Na sexta-feira, 15, André pilotava um avião anfíbio Fire Boss no combate às chamas que deflagravam na Torre de Moncorvo, região de Foz Côa, quando o pior aconteceu.
O comandante-piloto é a primeira vítima mortal dos incêndios de 2022. Ao início da noite de sexta-feira, o aparelho despenhou-se numa zona de vinha na Quinta do Crasto, causando a morte ao piloto que já se tornou num herói nacional. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, escreveu uma nota de pesar em seu nome e foi homenageado pela secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, nas redes sociais, bem como pelo primeiro-ministro, António Costa.
"Foi com pesar que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa recebeu a notícia do falecimento do Comandante Piloto André Serra, durante o combate a um incêndio no teatro de operações de Torre de Moncorvo, Bragança", refere a nota divulgada pelo site da Presidência da República. "O Comandante André Serra será recordado pela sua coragem, bravura e dedicação ao serviço", destaca ainda a mesma nota da presidência.
"Foi com grande consternação que tomei conhecimento do falecimento do piloto que operava uma aeronave que caiu esta tarde no combate ao incêndio em Torre de Moncorvo. Endereço as mais sentidas condolências à família e amigos", escreveu o primeiro-ministro, António Costa, numa mensagem divulgada no Twitter.
"Os pilotos não morrem.... Voltam ao céu com as suas próprias asas. Obrigada, André!", escreveu no Twitter a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar.
Perto das 20 horas de sexta-feira, André Rafael Serra pilotava o avião anfíbio Fire Boss no combate às chamas em Urros, Torre de Moncorvo, quando foi abastecer ao rio Douro em Castelo Melhor, Vila Nova de Foz Côa. Com a aeronave carregada de água, embateu nos socalcos de vinha na Quinta do Crasto, acabando por explodir.