Quem é Miguel Guedes de Sousa , o companheiro e parceiro de negócios de Paula Amorim, que mudou a sua vida e luta para impor o seu conceito de luxo

Paula Amorim é uma figura incontornável em Portugal quando se fala no mundo dos negócios, dando seguimento ao legado do pai, Américo Amorim, e atuando em várias frentes, tanto na Galp como no grupo que criou, o Amorim Luxury. No entanto, neste último temos assistido cada vez mais ao marido, CEO da empresa, tomar as rédeas do jogo publicamente, liderando projetos de sucesso como o JNcQUOI, nas suas mais diversas valências, quer nos restaurantes que inaugura – vai abrir esta quarta-feira, dia 8 de outubro, em Lisboa, o FISH, na Avenida da Liberdade – quer na Comporta, o grande projeto do clã Amorim, que em 2026 se quer solidificar nos chamados Hamptons portugueses com o seu exclusivo resort.

Com Paula Amorim a braços com desafios maiores, é Miguel Bleck Guedes de Sousa quem dá a cara por estes negócios, que promove frequentemente através das redes sociais, o que eleva a curiosidade sobre o homem com quem Paula Amorim se casou em segundas núpcias, em 2012, e que se tem afirmado como o parceiro certo no amor e nos negócios, com as ideias dos dois a complementarem-se numa simbiose perfeita. Se Paula é a estratega, que herdou do pai uma visão única de liderança, o marido é um apaixonado pela hotelaria e arte de bem receber. O JNcQUOI nasce deste casamento de ideias e também da vasta experiência que Miguel Guedes de Sousa adquiriu pelo mundo, até porque quando se casou com Paula, já havia passado mais de uma década a trabalhar fora de portas no ramo da hotelaria.

Neto de um dos fundadores do Ritz de Lisboa, Guedes de Sousa sempre soube que era por aí que passaria também o seu futuro, e estudou afincadamente para tal. Primeiro na Suíça, e depois na prestigiada Universidade Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveu a sua formação em hotelaria, que pôs em prática sobretudo no grupo de luxo Aman, tendo trabalhado muitos anos na Ásia. Foi essa experiência de vida que o levaria a desenvolver uma paixão pela cultura e gastronomia daquele continente, que colocou também muito em prática nos seus espaços de restauração em Portugal. "Vivi 17 anos no Oriente, tive um grande contacto com este tipo de gastronomia e também sou um português muito orgulhoso. Em todos estes países da Ásia que eu visitei, vivi a grande cultura portuguesa que ainda está presente nesses países. É aí que se percebe a nossa importância, a maneira como influenciámos o mundo", afirmou numa entrevista à G.Q. onde revelou que desde sempre teve ambição de chegar longe.

"Sempre quis ser hoteleiro, sempre tive a ambição de trabalhar para os melhores e de proporcionar experiências únicas aos nossos clientes”.

O salto acabaria por acontecer quando conheceu Paula. Ela já tinha um vasto currículo em Portugal e havia saído da sombra do pai para criar a sua Fashion Clinic, na Avenida da Liberdade, que se afirmaria como a primeira grande multimarcas de luxo no coração de Lisboa. A paixão por este segmento ultra exclusivo uniu-se ao desejo do marido para criar, tendo daí nascido o JNcQUOI. “O JNcQUOI é uma conjugação de duas pessoas: eu e a minha mulher. Eu já tinha a especialização na hotelaria e na restauração e ela na moda e na gestão e queríamos fazer algo único juntos", afirmou o gestor.

Miguel Guedes de Sousa e Paula Amorim lideram projetos de luxo Flash

Paula Amorim e Miguel Guedes de Sousa Foto: Instagram

Paula Amorim e Miguel Guedes de Sousa Foto: Instagram

Começou por ser apenas um restaurante, em plena Avenida da Liberdade, mas acabaria por se tornar muito mais do que isso, com o casal a pensar em grande para este projeto. Os restaurantes sucederam-se a bom ritmo e com a compra dos fundos da Herdade da Comporta nasceria o grande desafio dos dois: erguer um resort exclusivo e luxuoso, que se pretende assumir como um marco da tão badalada localidade alentejana. "Não queremos ser os maiores, mas queremos ser os melhores", disse Miguel ao ECO sobre o resort que nasceu oficialmente este verão, mas só em 2026 se irá solidificar, num desafio para o qual Guedes de Sousa conta com o apoio essencial dos filhos mais velhos de Paula Amorim, Rui e Francisca, frutos do primeiro casamento: ele ligado ao desenvolvimento do projeto imobiliário e ela, acabada de se formar na École Hôtelière de Lausanne, a dar o seu contributo, enquanto vai estagiar para Nova Iorque de forma a aprofundar os seus conhecimentos. “É feito para durar”, afirma sobre o projeto familiar, em que ideias não faltam.

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Além dos restaurantes, há ainda o hotel na Avenida da Liberdade, que só um incêndio atrasou a inauguração, e que irá finalmente abrir ao público durante o ano de 2026, que oficialmente marca uma nova era, com o JNcQUOI a deixar de ser apenas um espaço de restauração para passar a ser uma marca em todo o seu esplendor, alicerçada na arte de bem receber.

UM ROMANCE VENCEDOR E UM FILHO

Paula Amorim e Miguel Guedes de Sousa casaram-se em 2012, naquela que foi a segunda união oficial para a herdeira do império Amorim, que já tinha sido casada com Rui Alegre, com quem teve dois filhos.

Com a união a acontecer numa idade já mais avançada de Paula, e uma vez que Miguel não tinha descendência, nasceu no casal o desejo de ter um filho em comum, o que acabou por acontecer com recurso a uma barriga de aluguer nos Estados Unidos, em 2020, numa altura em que a empresária já tinha 49 anos.

“A minha idade não me permitiu ter uma gravidez, eu própria. O meu marido tinha o desejo profundo de ser pai, não tinha filhos e é uma alegria”, contou a entrevista a Francisco Pinto Balsemão no podcast 'Deixar o Mundo Melhor'.

Paula Amorim e Miguel Guedes de Sousa Foto: Instagram

Paula Amorim Flash

“De facto, não foi uma decisão fácil, eu já estava com 49 anos e numa fase da minha vida com enormes responsabilidades, em que ter um filho era uma coisa séria […] Os outros filhos já não estão em casa e hoje ter o Manuel em casa é uma felicidade e uma luz enorme, acho que rejuvenesci”, acrescentou.

A empresária desmistificou ainda o facto de ter recorrido a uma barriga de aluguer. “Nos Estados Unidos é uma prática recorrente para quem não pode ter filhos. Em Portugal, há em circunstâncias muito particulares. O meu caso não se adequava e, portanto, acabámos por optar nos Estados Unidos, porque de facto tem uma longa experiência nesse campo e dava-nos imenso conforto toda a legislação”.

Hoje já com cinco anos, o filho afigura-se como uma luz, reforçando a união entre o casal que tem sabido manter a estabilidade e equilibrar os pratos da balança entre o amor, família e negócios.