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Crimes, sexo, festas loucas e dinheiro a rodos! A vida escandalosa do homem que não poupou esforços nem milhões para ter Ronaldo em Riade

Não está (ainda) sentado no trono da Arábia Saudita, mas Mohammad bin Salmán comporta-se como se estivesse, pois o pai - o rei Salmán bin Abdulaziz - delegou no seu filho preferido praticamente a regência de um dos países mais ricos do mundo. Só que aos 37 anos, o príncipe herdeiro saudita acumula escândalos atrás de escândalos. Tantos que já obrigou o pai, de 87 anos e saúde fragilizada, a colocá-lo na ordem.
Ana Cristina Esteveira
Ana Cristina Esteveira
05 de janeiro de 2023 às 23:55
Mohammad bin Salman
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Os números que envolvem a ida de Cristiano Ronaldo para o Al-Nassr são tão astronómicos que qualquer comum mortal sentirá garantidamente sérias dificuldades em calcular o que é viver com tanto dinheiro. Desde que assinou o contrato com o clube saudita que o internacional português passou a ser o atleta mais bem pago do mundo. Aliás, o craque madeirense é o ser humano que mais recebe por desempenhar a sua profissão. Não existe ordenado maior do que o dele. De acordo com o jornal saudita 'Al Riyadiah', o CR7 irá receber um prémio de assinatura de 100 milhões de euros, para além do pagamento de cerca de 200 milhões de euros anuais (tendo em conta o vencimento base - 70 milhões de euros -, compromissos comerciais e ainda outros tipos de incentivos contratuais). Fazendo contas, podemos dizer que na conta da nova estrela do Al-Nassr vão entrar 16,67 milhões por mês, o que significa que vai receber quase quatro milhões por semana, mais de meio milhão por dia e que por cada hora que passa, Cristiano Ronaldo arrecada pouco mais de 23 mil euros. Sim, estamos perante números verdadeiramente obscenos. Uma fortuna incomensurável.  

Cristiano Ronaldo - que estava desempregado depois da sua polémica saída do Manchester United - deve a sua ida para Riade ao príncipe herdeiro Mohammad bin Salman, que além do Al-Nassr, também é dono do Newcastle, clube inglês da  Premier League. Foi de facto o filho do rei Salmán bin Abdulaziz que não se poupou a esforços [nem aos milhões] para levar o português para a Arábia Saudita. Mas quem é este homem que é apaixonado por futebol e que um dia será rei de um dos países mais ricos do mundo, graças às reservas de petróleo? O filho preferido do atual monarca saudita tem 37 anos e há muito que se sabe que sucederá ao pai no trono por escolha do próprio Salmán Bin Abdulaziz que escolheu Mohammad entre os seus 13 filhos, nascidos dos seus três casamentos. Corria o ano de 2017. A escolha acabou por surpreender, pois o príncipe é um dos mais novos dos descendentes do rei (o primogénito da terceira mulher). Mas se recuarmos no tempo, percebe-se a razão desta escolha. O herdeiro do trono saudita sempre foi o mais empenhado em seguir as pisadas do pai, em inteirar-se de todas as funções reais, a embrenhar-se na regência do país e a aprender tudo o que havia para aprender com aquele que hoje tem uma idade avançada, está cansado e doente. Diz-se até que Salmán bin Abdulaziz sofrerá de Alzheimer ou demência. Informação já desmentida pelo palácio.

A MORTE ENCOMENDADA 

Mas voltemos a Mohammad bin Salman! Para além de membro da Casa de Saud, uma das famílias mais ricas e poderosas do mundo, o príncipe acumula funções no governo da Arábia Saudita. É ele que tem assumido a regência do país como primeiro-ministro. Mas os escândalos perseguem-no e mancham a sua reputação. Tanto, que o rei já foi obrigado aparecer repetidas vezes em público para que não se pense que este país do Médio Oriente está definitivamente nas mãos de Mohammad (mesmo que na prática assim seja, pois o filho é o verdadeiro líder político). Isto aconteceu especialmente após as suspeitas de envolvimento do príncipe num crime de morte encomendada. Falamos de Jamal Kashoggi, assassinado em outubro de 2018 en Turquia. O jornalista saudita era uma das vozes que se faziam ouvir contra o governo. Depois de ter denunciado os ataques da Arábia Saudita ao Iémen desapareceu sem deixar rasto e a notícia correu mundo. Do pouco que se sabe, há a certeza de que Kashoggi entrou no consulado saudita de Istambul e lá terá sido torturado, assassinado e esquartejado. Esta foi a conclusão a que chegou a polícia turca que nunca chegou a recuperar o corpo do jornalista. Correspondente do 'The Washington Post', Jamal Kashoggi era muito crítico da monarquia saudita. 

ENCARCEROU A PRÓPRIA MÃE

E é por isso que o mundo suspeita que o príncipe herdeiro terá encomendado aquela morte. Ninguém acredita que Mohammad não tenha sido informado do que se passou dentro da embaixada saudita em Istambul. Para o mundo ocidental, o filho do rei Salmán tens as mãos manchadas do sangue de Kashoggi. Os serviços secretos norte-americanos garantem que ele é o "cérebro" desta execução a sangue frio. A convicção é ainda maior por se saber que ele não vacilou de encarcerar a própria mãe depois desta lhe ter feito uma crítica velada. A princesa Fahda bint Falah, terá dito que o filho ainda não estaria devidamente preparado para governar o país e terá proposto que este pedisse ajuda aos irmãos para que, em conjunto, tomassem as rédeas do governo. Ele não gostou da opinião da mãe que, desde então, vive enclausurada num pequeno palácio. Mas não é só ela que foi "castigada" por Mohammad. Todos os seus críticos e ativistas dos direitos humanos tiveram (e têm) igual destino ao da princesa Fahda bint Falah. Estão encarcerados sabe se lá onde. Além disso, desde a sua chegada ao poder que se fala num aumento das execuções. 

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Georgina Rodríguez apanhada a fazer compras em Riade

GOVERNANTE AUTORITÁRIO E DÉSPOTA 

A despeito de tudo isto, o príncipe herdeiro tem dado a imagem - especialmente para o exterior - de um homem que quer modernizar o país. Estará apostado em promover o turismo, eventos desportivos que fazem mover multidões (a ida de Cristiano Ronaldo faz parte desses planos), de manifestações culturais e virar o país - um país muçulmano altamente conservador - para as relações com o estrangeiro. Estará até disponível para dar às mulheres mais direitos, tal é a sua vontade em atrair a simpatia internacional e o apoio das novas gerações. Está consciente que a sua popularidade depende muito daquilo que conseguir entre os mais jovens do seu povo. Só que apesar de todos os seus esforços para dar uma imagem mais reformadora, o príncipe herdeiro não se liberta da figura de ser um governante autoritário e déspota. Haverá um dossier secreto com informações sobre todas as pessoas importantes do estado e que é usado para manter o reino sob o seu controlo. Esses documentos terão sido reunidos quando o pai ainda era o governador de Riade, uma capital que hoje é uma cidade moderna e cosmopolita graças ao labor do atual monarca. 

A Mohammad bin Salman faltará diplomacia e flexibilidade, algo que os príncipes árabes dos países vizinhos adquirem quando estudam em escolas de elite na Inglaterra ou nas prestigiadas universidades da Ivy League nos Estados Unidos. Mas o príncipe herdeiro saudita nunca viveu fora das suas fronteiras. Optou por estudar na sua terra Natal e o seu sentido nacionalista virá daí. Quando se fala do príncipe há unanimidade em dizer que se trata de uma pessoa muito inteliegente. Contudo, será também alguém muito emotivo que tende a irritar-se facilmente, especialmente quando é contrariado. A proximidade ao pai terá feito dele uma criança e jovem mimado. No seu país, Mohammed é conhecido como "Mr. Everything (O Senhor Tudo)" já que dificilmente há uma área na Arábia Saudita que o príncipe não administre, pelo menos de forma marginal.

A EXTRAVAGÂNCIA E A FORTUNA 

Para além do poder que tem, Mohammad bin Salman tem tanto dinheiro que dificilmente o conseguirá gastar em vida. A sua fortuna está estimada em 320 mil milhões de euros. Um homem de gostos refinados, em 2015 comprou o Chateau Louis XIV, próximo de Paris. Trata-se do imóvel mais caro qua alguma vez esteve à venda. O príncipe saudita pagou 230 milhões de euros pelo castelo de 30 quartos, cinema, discoteca, spa, três piscinas, um aquário subterrâneo (o único privado na Europa) e vinhas. Do seu espólio faz ainda parte o quadro mais caro que algum privado pagou por um quadro. Trata-se de ‘Salvatore Mundi’, de Leonardo da Vinci, que custou 389 milhões de euros e que está pendurado num dos seus iates. E por falar em iates, Mohammad tem é proprietário do quarto iate mais caro do mundo. Trata-se de 'Serene’,  avaliado em 485 milhões de euros. Além de muitos luxos, a embarcação tem ainda um submarino. Mas há mais, o futuro rei da Arábia Saudita tem aviões e jatos particulares, escadas de acesso ao avião feitas em ouro e carros da marca Mercedes feitos propositadamente para ele. Das suas muitas extravagâncias fazem parte festas com muito álcool e sexo à mistura. Uma das mais comentadas foi uma "sem limites" que organizou em 2015 numa isla privada nas Maldivas. Contratou 150 mulheres - brasileiras e russas que terão sido submetidas a exames médicos para descartar doenças de transmissão sexual - e convidou vários artistas internacionais para entreter os seus convidados. Pagou cinco mil euros extra a cada um dos funcionários para que nunca falassem do que ali se passou, mas muitos não cumpriram o acordo. Nem mesmo o dinheiro os fez manter a boca fechada.

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