Não foi só o ex-príncipe André que viu a sua vida transformar-se para bem pior. Despojado de todos os seus títulos reais e despejado de Royal Lodge - a propriedade onde viveu a 'Rainha Mãe' - onde ele se instalou desde a morte da avó. Vai viver por "caridade" em Sandringham a expensas do irmão, o rei Carlos III. A razão para a queda em desgraça do filho favorito da rainha Isabel II prende-se com a sua já inegável ligação a Jeffrey Epstein, abusador sexual de menores.
Apesar de todos os esforços, por parte de Buckingham Palace, especialmente no tempo em que Isabel II ainda estava sentada no trono, para abafar o enorme escândalo, André não conseguiu apagar o seu passado pouco recomendável e, neste momento, está a sofrer as consequências da sua vida libertina e de se julgar acima da lei devido ao estatuto de ser filho de uma rainha. Esta é a prova de que a Justiça pode tardar, mas que ninguém é, afinal de contas, intocável.
Quem também tinha ligações a Epstein - como se provou através de uma troca de e-mails - é Sarah Ferguson. A ex-mulher de André Mountbatten-Windsor também considerava o norte-americano como "um querido amigo". Palavras estas que bastaram para que Fergie, como a ruiva também é conhecida, fosse considerada 'persona non grata' em praticamente todo o Reino Unido. Perdeu trabalho, deixou de ser convidada para qualquer evento, viu o seu livro infantil ser retirado das livrarias e deixou de ser madrinha de algumas causas solidárias e de beneficiência a que estava ligada pela sua relação com os Windsor.
Amigos, até os de longa data, deixaram de lhe falar e os poucos que ainda aceitam trocar algumas palavras com a ex-duquesa de York fazem-no apenas em situações de circunstância. Ninguém, até ao momento, lhe estendeu a mão para a apoiar nesta fase mais negra da sua vida. A somar a tudo isto, Sarah Ferguson também enfrenta a falta de um teto quando sair de Royal Lodge, pois apesar de estar há muitos anos divorciada de André o ex-casal continuava a partilhar casa. O irmão de Carlos III, depois de ter perdoado a traição que veio escarrapacha das primeiras páginas de todos os jornais britânicos e não só, continuou a ter uma relação muito cordial com Fergie. Os dois tornaram-se bons amigos e, em nome do bem-estar das duas filhas do casal, Beatrice e Eugenie, voltaram a viver sob o mesmo teto. Diz-se que cada um deles ocupava alas opostas de Royal Lodge.
Só que essa situação, que ambos acreditavam que iria durar até ao fim dos seus dias, terminou abruptamente como consequência da ligação de André e de Sarah a Jeffrey Epstein. Mas enquanto o ex-príncipe tem onde se alojar, o mesmo já não acontece com Fergie. Sem meios de subsistência - especilamente que lhe assegurem o nível de vida a que está habituada, a ex-cunhada do rei de Inglaterra vê-se aos 66 anos de idade numa condição muito fragilizada. Dependerá, ao que parece, da boa-vontade de terceiros para subsistir.
E se essa boa-vontade não vem do ex-marido (por impossibilidade devido à sua própria condição) nem de amigos bem posicionados - que os tem -, Sarah Ferguson só poderá contar doravante com a ajuda das duas filhas. Ambas 'bem-casadas' e apoiadas por Carlos III que, apesar de tudo, continua a abrir as portas de Buckingham às duas sobrinhas. Considera que elas não podem ser prejudicadas pelos erros dos pais. E, de facto, foi a filha mais nova, a princesa Eugenie, e o marido desta, Jack Brooksbank, que se chegaram à frente e apresentaram uma solução para que a ex-duquesa possa escapar ao julgamento constante da opinião pública e a uma vida escondida dos olhares reprovadores (pois, se se manter em Inglaterra esse será garantidamente o seu destino, pelo menos enquanto o escândalo estiver bem vivo na memória de todos).
E a solução apresentada por Eugenie e por Jack é que Sarah Ferguson se mude para Portugal, mais concretamente para a zona da Comporta onde o casal tem uma mansão avaliada em 3,6 milhões de libras (aproximadamente 4,08 milhões de euros). Música para os ouvidos de Fergie que além de fugir de Inglaterra tem a possibilidade de se instalar confortavelmente num país tranquilo que tem tanto para lhe oferecer. Trocar os dias cinzentos por meses de sol, além de ter o mar à porta de casa sem perder o luxo a que está habituada é o melhor que lhe poderá acontecer.
Um refúgio dourado, muito melhor do que a outra alternativa que também foi posta em cima da mesa: mudar-se para a Austrália, país onde vive a sua irmã mais velha, Jane Ferguson. A distância é o mais forte entrave a esta mudança. Assim, Portugal apresenta-se como um bilhete de lotaria com o primeiro prémio. Avança o site britânico ‘Express.co.uk’, que Eugenie deixou a mãe completamente à-vontade para aceitar o convite que lhe fez. Estaria, inclusivamente, já a preparar uma suite para hóspedes para que Fergie se possa instalar com todo o conforto no 'Costa Terra Golf & Ocean Club Resort', um exclusivo condomínio fechado em Melides.
Esperada já no próximo mês de janeiro na zona da Comporta, Sarah Ferguson já é assunto de conversa naquela zonda da costa alentejana. "Ninguém sabe ao certo quanto tempo vai ficar, mas se for uma mudança definitiva, posso garantir que se integrará bem na cena social. Várias celebridades e estrelas de Hollywood têm comprado propriedades na região”, frisaram fontes do 'Daily Express'. "É o local perfeito para Fergie se esconder enquanto o caso Epstein continua a ter repercussões no Congresso”, considera um proprietário norte-americano de uma das casas do referido resort. “Estará entre familiares e amigos, bem longe da atmosfera hostil que enfrenta em Inglaterra”, avança ainda este homem que vive no condomínio que é definido como "um condomínio residencial privado exclusivo para membros em Comporta, Portugal. Combina uma vida de luxo com hospitalidade de alto nível, oferecendo gastronomia incrível, um campo de golfe de classe mundial, serviços de spa, atividades ao ar livre e experiências locais imersivas".
Entretanto, no 'Radar Online' diz-se que Sarah Ferguson está numa "busca desesperada por um pretendente rico" enquanto luta para manter o estilo de vida luxuoso ao qual se acostumou ao longo da sua vida, especialmente depois de estar ligada aos Windsor. A ex-duquesa de York estará "em pânico" com seu futuro financeiro após ter perdido o apoio da realeza. Avança também este site norte-americano que "fontes próximas de Ferguson afirmam que ela 'não tem intenção' de reduzir seu estilo de vida luxuoso e, em vez disso, está determinada a encontrar 'um novo benfeitor' para financiar os próximos anos da sua vida. Uma amiga de Fergie disse que 'Sarah sempre foi uma sobrevivente, mas desta vez ela está genuinamente assustada. A ideia de cair no esquecimento – ou pior, ficar sem dinheiro – assombra-a. Ela diz que precisa encontrar um homem rico, talvez um 'sugar daddy' que a possa ajudar a viver como está habituada'."
"Ela não vai abrir mão de suas roupas marcas de luxo, das viagens pelo mundo ou dos dias passados no spa. A única maneira de manter esse estilo de vida agora é encontrando alguém rico o suficiente para suportar todas essas despesas. Ela está à procura de um verdadeiro 'sugar daddy' e está apelando para as poucas pessoas da alta sociedade que ainda falam com ela para que façam as necessárias apresentações", acrescenta essa mesma fonte. Portanto, a zona da Comporta, já conhecida como os 'Hamptons' de Portugal, pelo número de milionários que ali se passeiam, pode ser a oportunidade ansiada por Sarah Ferguson.
