Uma vida dedicada ao pai. As lágrimas de Joana Pinto da Costa, a menina dos seus olhos, que se tornou no grande apoio quando o mundo ruiu
Nos últimos tempos, Joana viveu quase exclusivamente para apoiar o pai na doença. Uma cumplicidade reforçada em fim de vida, quando os ataques públicos, a dor de deixar o FC Porto e o afastamento do filho Alexandre doíam demais...Joana Pinto da Costa sempre foi a menina dos olhos do pai. A mais nova dos dois filhos do antigo presidente azul e branco, fruto da relação com Filomena Morais, teve com o pai uma relação de altos e baixos, sendo que frequentemente os dois se desentenderam por causa dos romances do pai.
O período mais difícil para Joana aconteceu quando Pinto da Costa deixou o pai pela segunda vez para se casar com Fernanda Miranda. Ao longo dos cinco anos seguintes, o relacionamento entre pai e filha ficou mais tenso, precisamente porque a jovem nunca conseguiu aceitar este casamento.
Foi, curiosamente, quando a união com a brasileira acabou que os dois acabariam por se reaproximar e o amor foi fortalecido com o nascimento dos netos, que trouxeram outra doçura à vida de Pinto da Costa. Nos últimos anos, Joana e o pai estiveram mais próximos do que nunca e quando este foi afastado da presidência do FC Porto, foi ela que o amparou tantas vezes, com a sua avalanche de amor.
Ajudou também o facto de reconhecer em Cláudia Campo a companheira ideal para o pai nesta reta final da vida. As duas tornaram-se amigas e partilharam, muitas vezes, o calvário da doença de que, ao início, Pinto da Costa as tentou poupar.
Com Joana, que era funcionária de Marketing do FC Porto, também fora do clube, o maior tempo livre possibilitou-lhe também acompanhar estes tempos difíceis da vida do pai, mas também de muito afeto. É que se Joana sempre cresceu a partilhar o pai com o clube, nos momentos finais, a família fechou-se numa espécie de bolha de amor.