Como disse?! Bolsonaro só aceita ajuda de França... se Macron pedir desculpa por lhe ter chamado mentiroso
"O senhor Macron deve retirar os insultos que fez à minha pessoa", atirou o presidente brasileiro, sobre a recente guerra de palavras com o presidente francês. Em causa estão os incêndios na Amazónia.
As relações entre o Brasil e França estão tensas. Tudo, devido à recente guerra de palavras entre os dois presidentes, Jair Bolsonaro e Emmanuel Macron.
Tudo começou quando Macron fez uma publicação nas redes sociais a chamar a atenção para os devastadores incêndios na Amazónia. O presidente francês chamou-lhes uma "crise internacional" e pediu publicamente que se discutisse o problema na cimeira do G7, que decorreu no passado fim de semana.
Our house is burning. Literally. The Amazon rain forest - the lungs which produces 20% of our planet’s oxygen - is on fire. It is an international crisis. Members of the G7 Summit, let's discuss this emergency first order in two days! #ActForTheAmazon pic.twitter.com/dogOJj9big
Bolsonaro não terá gostado da pressão do presidente francês e resolveu "vingar-se", comentando com "risos" uma publicação insultuosa de um utilizador do Twitter sobre Brigitte Macron, a mulher de Emmanuel Macron:
A reação de Macron à provocação de Bolsonaro não se fez esperar. "Bolsonaro fez comentários extremamente desrespeitosos sobre a minha mulher. O que é que eu posso dizer? É triste, mas é triste primeiro por ele e pelos brasileiros (...) Espero que tenham rapidamente um presidente que se comporte à altura", afirmou o francês durante uma conferência de imprensa na cimeira do G7.
Durante a cimeira, Macron declarou que o grupo concordou em ajudar os países atingidos pelos incêndios na Amazónia com 20 milhões de dólares.
No entanto, desde a semana passada que Bolsonaro e Macron têm trocado críticas em declarações e entrevistas a propósito da crise ambiental. O francês disse que Bolsonaro mentiu sobre sua preocupação com a proteção do meio ambiente e abriu o debate para a internacionalização da Amazónia.
Agora, Bolsonaro diz que o Brasil só aceita a ajuda se Macron pedir desculpa por lhe ter chamado mentiroso.
"Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que fez à minha pessoa. Primeiro, me chamou de mentiroso. E depois, informações que eu tive, de que a nossa soberania está em aberto na Amazónia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar", atirou Bolsonaro.