É um trauma! Donald Trump sofreu abuso emocional do pai, diz sobrinha
A psicóloga Mary Trump colocou de lado um acordo de confidencialidade para revelar os segredos da família num novo livro... e tem algumas explicações para a personalidade do presidente dos EUA.
Donald Trump sofreu abuso emocional do pai, declarou a sobrinha do presidente dos Estados Unidos, Mary, no livro 'Too Much and Never Enough: How My Family Created the World’s Most Dangerous Man' (Demasiado e insuficiente: como a minha família criou o homem mais perigoso do mundo, na tradução livre).
De acordo com o 'Guardian', que teve acesso ao livro que só vai ser publicado a 14 de julho nos EUA, Mary relata como o sentimento de abandono da mãe (também chamada Mary) e a pressão do pai, o magnata dos imóveis Fred, marcaram a personalidade de Trump.
"O abuso infantil é, de alguma forma, a expectativa do 'demasiado' ou 'insuficiente'", escreve a sobrinha de Trump, que é psicóloga clínica. "Donald Trump viveu o 'insuficiente' na perda da conexão com a sua mãe numa fase crucial de desenvolvimento, o que foi profundamente traumático".
"Ao ser abandonado pela mãe por pelo menos um ano, e tendo o seu pai falhado não apenas em responder às suas necessidades mas em fazê-lo sentir-se seguro ou amado, valorizado ou refletido, Donald sofreu privações que o marcariam toda a vida", diz a escritora.
"Os traços da personalidade que resultaram - narcisismo, intimidação, grandiosidade - finalmente chamaram atenção do meu avô, mas não de uma forma que limitasse nenhum dos horrores passados", continua.
A mãe de Trump passou por sérios problemas de saúde depois de uma histerectomia de emergência, o que fez com o que o pai do presidente dos EUA fosse a figura mais presente para os filhos. Mas Fred Trump era "um sociopata altamente funcional".
O pai da escritora, também chamado Fred, era o irmão mais velho do chefe de Estado americano e morreu aos 40 anos de idade devido aos efeitos do alcoolismo. Os traumas desta perda na família ajudaram a criar a personalidade de Trump.
Os outros irmãos do presidente são a juíza reformada Maryanne, a banqueira Elizabeth e o empresário Robert, este último processou a sobrinha em Nova Iorque por causa da publicação do livro. Robert alega que Mary assinou um acordo de confidencialidade em 2001.