Perigo iminente? Líder dos talibãs já reagiu às afirmações de Harry de que matou 25 pessoas em missão
Um dos líderes do movimento fundamentalista e um porta-voz da polícia dos talibãs não gostaram de ler que o duque de Sussex não se confessava arrependido de ter matado.
Entre as confissões já reveladas do príncipe Harry no seu livro de memórias ‘Spare’ ('Na Sombra', na edição portuguesa), existe uma em particular que está a ser encarada de forma controversa. A respeito das missões militares no Afeganistão em 2012, Harry admitiu: "O meu número [de mortes] é 25. Não me enche de satisfação, mas não me envergonha", acrescentando que não viu os indivíduos que matou como pessoas, mas como "peças de xadrez".
O Talibã, movimento fundamentalista que em 2021 recuperou o controlo do Afeganistão, já reagiu, primeiro através do porta-voz da sua polícia, Khalid Zadran, e não pouparam nas palavras. "O príncipe Harry irá sempre ser lembrado em Helmand – os afegãos nunca irão esquecer o chacino de compatriotas. Os perpetuadores de tais crimes, que os confessam orgulhosamente, irão um dia ser levados ao tribunal internacional", afirmou, segundo o 'Telegraph'.
"As forças de ocupação no Afeganistão começavam as operações de noite nas nossas aldeias. O príncipe Harry esteve envolvido nisto e tirou a vida a dezenas de afegãos indefesos. As ações cruéis e barbáricas do Harry e de outros estimularam a população afegã e conduziram a uma revolução armada contra eles. Chamamos a isto de jihad sagrada", concluiu.
Já Anas Haqqani, um dos líderes talibãs e atual ministro do Interior do Afeganistão, recorreu às redes sociais para criticar Harry: "Sr. Harry! Aqueles que mataste não eram peças de xadrez, eram humanos. Tinham famílias que aguardavam o seu regresso. As nossas pessoas inocentes eram peças de xadrez para os vossos soldados, para o vosso exército e para os vossos líderes políticos. Ainda assim, saíram derrotados desse ‘jogo’", referiu, no Twitter.