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Drama

"A doença obrigou-o a ficar em casa. Como se fosse possível encostar alguém como o Gustavo Carona a um canto", palavras sobre o herói da pandemia

Pedro Chagas Freitas escreveu sobre o médico que vive um verdadeiro martírio, fechado entre quatro paredes, depois de ter corrido o mundo a ajudar quem precisava.
Por FLASH! | 19 de julho de 2025 às 13:46
Gustavo Carmona, Pedro Chagas Freitas Flash
Pedro Chagas Freitas Flash
Médico Gustavo Carona enfrenta doença crónica e revela sofrimento Flash
Pedro Chagas Freitas Flash
gustavo carona Flash
Pedro Chagas Freitas Flash
gustavo carona Flash

"Há pessoas tão bonitas. Há coisas na nossa sociedade absolutamente maravilhosas a precisar de visibilidade", esta é a frase que abre o texto de Pedro Chagas Freitas sobre o médico Gustavo Carona e que ficou conhecido dos portugueses quando o país e o mundo se encontrava fechado em casa por causa de um vírus desconhecido: SARS-CoV-2, na altura apenas tratado por coronavírus.

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O escritor não tem dúvidas de que "a beleza de que Gustavo Carona fala não se fotografa, não dá bons vídeos para o TikTok. É uma beleza trágica, subterrânea, que quase ninguém quer ver. É uma beleza que exige, que desarruma. Ele sabe, ele sente, ele também é uma dessas coisas belas. E é agora, também, um organismo fragilizado: uma presença que atravessa o ruído."

Continua Pedro Chagas Freitas sobre a doença que hoje amarra o médico a uma cama: "Começou por uma bactéria, agora é imobilidade, dor. O corpo atraiçoa-o. Um corpo que antes atravessava fronteiras, zonas de guerra, hospitais apocalípticos, onde se salvavam vidas com um estetoscópio numa mão e a lucidez na outra. Agora, esse corpo está parado — ou quase. Perversamente, a doença obrigou-o a ficar em casa. Como se fosse possível encostar alguém como o Gustavo Carona a um canto", considera.

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"Há dias em que não consegue mexer-se, há dores que não se podem explicar num texto. Há o medo. Um medo sem adereços, sem filtros, que não pede desculpa. Mas ele não desiste. Continua a fazer o que pode: a escrever, a alertar, a lembrar-nos de que a humanidade é uma escolha — e que se escolhe todos os dias. Até quando se está deitado", revela o escritor sobre Gustavo Carona.

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E alerta: "Ele está a travar a sua guerra mais íntima. Não o vejo em palco; vejo-o inteiro. O essencial, como sempre, está intocado: o coração, a alma, a fúria contra a indiferença. Idolatra-se sempre quem se mexe, quem corre, quem sobe ao pódio. O Gustavo, imóvel, vale mais do que mil desses atletas da vacuidade. Obriga-nos a pensar, a sentir, a lembrar que o sofrimento dos outros também nos pertence." Termina Pedro Chagas Freitas com um apelo direto ao médico: "Aguenta-te aí, Gustavo. Nós precisamos de ti."

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