A dura luta de Marta d'Orey contra o cancro: "Não vou para aquele bloco frio sozinha"
Antes da cirurgia marcada para esta segunda-feira, a jovem reagiu nas redes sociais com a esperança a transbordar. Ficará sem o tumor, mas também sem um rim.A história de uma jovem que dependia de uma botija de oxigénio para viver e com apenas 14% da função respiratória, comoveu o país. Já lá vão oito anos. Entretanto, um tratamento experimental devolveu-lhe a normal juventude.
Hoje, aos 28 anos, Marta d'Orey - assim se chama a jovem que continua a emocionar os portugueses - enfrenta nova e dura prova. A copywriter anunciou há poucos meses que tinha um tumor de 10 centímetros que a obrigou esta segunda-feira, 15, a entrar num bloco operatório.
" Muita gente pergunta como é que aguento. Um par de pulmões ressentidos com uma gripe, um coração descompassado, comprimidos engolidos à força, terapias de choque e agora, em vez de uma cereja, um rim com um tumor no topo do bolo. Eu só me aguento porque tenho um truque. Foi um enfermeiro que mo ensinou. Numa noite, mostrou-me o corta mato para dar a volta por cima da dor. É simples, basta desviar as atenções", escreveu recentemente Marta sobre a sua saúde e sobre os dias mais sombrios que enfrenta desde 2017.
Ontem, domingo, a jovem escreveu nas redes sociais: "Amanhã é o dia. Mas a preparação começa hoje. Ao contrário dos atletas que se equipam, já me despi de tudo o que trouxe da rua.Ténis, brincos, pulseiras e aliança, foi tudo para o saco de plástico. Mas mesmo com um pijama emprestado, sinto-me tão quente com a força de todos os que trago comigo. Que todas as horas difíceis sejam noites para adormecer ao colo de uma gratidão gigante. É isso: mesmo despida, sinto-me a transbordar de coisas. Amanhã eu sei: não vou para aquele bloco frio sozinha."
Num novo story completou: "É tão bom saber que, no final, tenho uma casa com tudo à minha espera. Menos um rim. Mas com isso eu vivo bem".