- Lei Transparencia - Ficha técnica - Estatuto editorial - Código de Conduta - Contactos - Publicidade
Notícia
Polémica

Catarina Furtado deixa testemunho impressionante: "Assisti na rua a muitos episódios angustiantes de violência"

Esta sexta-feira, dia 25 de novembro, celebra-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre as Mulheres.
25 de novembro de 2022 às 20:24

Catarina Furtado uniu-se esta sexta-feira, dia 25 de novembro, à secção portuguesa da Organização das Nações Unidas para se manifestar contra a violência sobre as mulheres, nesta data na qual se celebra exatamente o Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre as mulheres.

pub

"Eu era criança, ainda, vivia no Bairro Alto, e foram vezes demais que da minha janela, de um baixo primeiro andar, assisti na rua a muitos episódios angustiantes de violência física. Percebi então, mais tarde, que também existia a violência silenciosa", começou por referir a apresentadora.

"Foi aí que decidi nunca mais me calar. Enquanto voluntária, enquanto embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, enquanto fundadora e presidente da Associação Corações Com Coroa, enquanto documentarista de programas de televisão, enquanto mulher, mãe, promotora e protetora dos direitos das meninas, raparigas e mulheres", explicou.

pub

"Hoje inicia-se um calendário de 16 dias de ativismo que termina no Dia Internacional dos Direitos Humanos, a 10 de dezembro, para chamar a atenção exatamente para este terrível flagelo. De acordo com a ONU, em 2021, a cada hora, mais de cinco meninas ou mulheres foram mortas por alguém da sua própria família. (…) Recuando um ano no tempo, uma em cada cinco mulheres entre os 20 e os 24 anos, casaram antes de completar a maioridade. Isto também é violência", referiu Catarina Furtado.

Catarina Furtado Flash
Catarina Furtado Flash
Catarina Furtado Flash
Catarina Furtado Flash
Catarina Furtado Flash
Catarina Furtado Flash
Catarina Furtado Flash
Catarina Furtado Flash
Catarina Furtado Flash

"No nosso país, em Portugal, nos últimos dois anos, 44 mulheres não sobreviveram à violência doméstica. A violência contra mulheres e meninas é a violação dos Direitos Humanos mais comum em todo o mundo e está, de facto enraizada, na desigualdade, na discriminação de género, em relações desiguais de poder e em normas sociais nocivas. Nós não podemos assobiar para o lado. Todos e todas seremos cúmplices se não agirmos perante estes números".

pub

"Este é o momento para focar também a atenção nos agressores. Este é o momento de dizer às sobreviventes que são umas verdadeiras heroínas, e que não aceitamos mais continuar a contar vítimas que ainda por cima são quem normalmente mais se expõem para tentar irradicar uma realidade vergonhosa que é da responsabilidade de toda a sociedade, de todos nós", concluiu a comunicadora.

Vai gostar de

você vai gostar de...
pub
pub
pub
pub

C-Studio

pub