Em tempo de crise na TVI, e após ser afastado do canal, José Eduardo Moniz dá "puxão de orelhas" e faz duras críticas
Afastado da estação, antigo diretor-geral da TVI recordou tempos de glória e deixa recado acutilante à nova direção de Felipa Garnel e Luís Cabral.
A crise está instalada na TV. Muito se tem escrito sobre isso. E, a cada dia que passa, o poço parece ficar cada vez mais fundo. Mexeu-se na estrutura, com Felipa Garnel a tomar o lugar de Bruno Santos na direção de Programas e Luís Cabral como novo CEO da Media Capital.
Uma reestruturação que tem provocado várias baixas na estação de Queluz de Baixo, com José Eduardo Moniz a ser uma das vítimas das mudanças. O antigo diretor-geral da TVI estava a colaborar com o canal desde 2014 na qualidade de consultor, primeiro para a área de ficção e mais tarde acumulando também o entretenimento. Com as mudanças, José Eduardo Moniz sai da TVI e passa agora para a Plural, onde fica apenas como consultor para a ficção. O antigo diretor-geral não se conforma com a decadência dos números do canal – resultados de share, em julho, atiram a estação de Queluz de Baixo para o pior resultado desde 1998, com uma média de 14,3%. Este fim de semana, Moniz recordou os tempos de glória e dá um valente "puxão de orelhas" ao canal e deixa recado acutilante à nova direção que agora entrou, ao publicar um retrato seu, oferecido por antigos colaboradores, muitos deles afastados das lides televisivas.
Com as mudanças, José Eduardo Moniz sai da TVI e passa agora para a Plural, onde fica apenas como consultor para a ficção. O antigo diretor-geral não se conforma com a decadência dos números do canal – resultados de share, em julho, atiram a estação de Queluz de Baixo para o pior resultado desde 1998, com uma média de 14,3%.
Este fim de semana, Moniz recordou os tempos de glória e dá um valente "puxão de orelhas" ao canal e deixa recado acutilante à nova direção que agora entrou, ao publicar um retrato seu, oferecido por antigos colaboradores, muitos deles afastados das lides televisivas.
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"Faz-me recuar no tempo. Um tempo de ambição, de aventura, de risco, de espontaneidade, de profissionalismo, de dedicação, de competência e de coragem. Muitos desses profissionais escolheram outros rumos para as suas vidas. Por razões diversas, pois os caminhos da existência não são uniformes."
"(...) Vivíamos anos de ouro, onde o atrevimento e o arrojo imperavam e o sonho diário era chegar cada vez mais longe. Sou dos que acreditam que o céu é sempre o limite. No respeito pelos outros e na observância dos princípios éticos que devem nortear quem trabalha e se expõe em meio público."
"Quem se conforma com a adversidade morre. É uma atitude que infelizmente está longe de ser erradicada. O conformismo é o maior inimigo do progresso e da viagem pelos caminhos da modernidade. No caso das indústrias de conteúdos, estagnar é colocar uma corda no pescoço. Olhar para a Programação de uma TV da mesma forma como se olhava há cinco ou três anos é uma verdadeira atração pelo abismo."