José Castelo Branco recorda pesadelo: "Tinha 9 anos quando fui violado. Foi por isso que criei aversão e que assumi-me como lésbica"
'Marchand' relata o que aconteceu quando foi vítima de abuso sexual quando era criança.
Foi depois de ter falado como um avô babado da neta Constança e do bulliyng que o filho sofreu na escola por ter um pai "diferente", que José Castelo Branco recordou o pesadelo que viveu quando era criança.
"Ele sofria em silêncio até que me disse no outro dia: 'Cheguei numa altura em que disse. Ou vou andar sempre à porrada ou vou-me rir à gargalhada. Ele optou por rir à gargalhada", diz José Castelo Branco em conversa com Manuel Luís Goucha, falando do comportamento do filho por ter um pai que se veste de mulher e usa maquilhagem.
"Eu também sou assim. Tudo aquilo que sofri, eu nunca dizia aos meus pais. Nunca! Nunca! E eram outros tempos. Eu só confidenciei com os meus pais, por exemplo, quando sofri a minha violação, quando fui vítima sexual de pedofilia, eu só contei à minha mãe passados anos... Não tive coragem", contou em direto na TVI.
"Eu tinha na altura 9 anos. Percebi que era uma coisa que não podia ter acontecido. Ele obrigava-me e eu tinha de estar calado... Ainda hoje me lembro do nome: José Manuel Peixoto Monteiro, nunca me esqueci do nome. Nunca mais o vi", garante.
"Ele dizia que dizia à minha mãe que eu usava os vestidos dela, que me maquilhava... Eu com medo que ele fosse dizer isso, era obrigado a participar. Era horrível! Foi por isso que eu criei... aversão. A partir daí disse: eu sou uma grande lésbica, o que eu gosto mesmo é de mulheres, porque os homens, realmente... eu tinha medo. Ele feriu-me de tal forma que fiquei ferida interiormente. Foi muito complicado", recorda Castelo Branco.
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