José Milhazes revela em definitivo se há ou não "salada russa" na Rússia e conta como escapou da tropa
O ex-correspondente na Rússia conta que o episódio mirabolante em que foram as mulheres russas que o fizeram safar-se à tropa e diz ainda, finalmente, se os russos comem ou não a famosa, em Portugal, "salada russa".
A guerra na Ucrânia deu uma enorme visibilidade a José Milhazes, que durante anos foi correspondente na Rússia. Nos últimos tempos, sem sido presença regular na SIC, onde já protagonizou um momento viral... por ter dito em direto um palavrão, que embaraçou Clara de Sousa, que nessa noite apresentava o 'Jornal da Noite'. E até já teve direito a ser imitado por Herman José.
Milhazes estudou na União Soviética, para onde foi por ser um jovem comunista ferrenho, onde se doutorou em História. Conta agora como conseguiu escapar da tropa: "É uma história muito complicada. Eu foi para a União Soviética e depois tinha de vir à inspeção. Como depois do primeiro ano não vi a Portugal e no segundo ano adoeci, só pude ver ao fim de três anos, mas já era refratário. Por isso fui-me apresentar para a inspeção militar. Lá, ficaram muito felizes quando souberam que eu sabia falar russo, mas eu disse-lhe que não tinha grandes intenções de fazer o serviço militar, que queria continua a estudar e mandaram-me a uma comissão médica, devido à doença nos pulmões que tive na Rússia", explica, em entrevista à 'TV7 Dias'.
Foi graças à tuberculose, e a um médico espirituoso, que escapou de calçar as botas da tropa e rapar o cabelo. "Mandaram-me a um hospital militar no Porto. Estava lá um médico velhote e simpático, que me perguntou se as russas eram boas e eu disse que sim. E ele disse: 'Então vai lá ter com elas', e deixou-me ir", conta o comentador da SIC, recordando o ano de 1980.
Neste entrevista tira a dúvida: existe "salada russa" na antiga União Soviética? "Existe, existe. Só que tem de ser comida fria e em Portugal, muitas vezes, comemos quente. E isso não pode ser, por causa da maionese", assegura.