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Luís Osório chama "monstro genial" a Herman José depois de polémica sobre invasão de palco: "Portugal ainda é muito pequenino e provinciano"

O jornalista não gostou de ver as críticas dirigidas ao humorista por este ter subido ao palco do Coliseu dos Recreios para abraçar John Cleese.
12 de junho de 2022 às 14:35

Luís Osório mostrou-se desiludido com a reação nas redes sociais à subida ao palco de Herman José durante um espetáculo do ex-Monty Python, John Cleese, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. O jornalista aproveitou a sua crónica na TSF, ‘Postal do Dia’, para criticar a tendência dos portugueses em, a seu ver, dar mais mérito aos artistas internacionais, em comparação com os seus conterrâneos.

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"Herman tem somado críticas e sofrido ataques que vão dos falsamente envergonhados que pedem para que alguém o proteja de si próprio e da sua falta de noção. Aos que o atacam por ser megalómano. Há também os impiedosos, os que vomitam que o Herman se tornou um personagem trágico e patético", começou por afirmar.

"O país é tão pequeno na sua dimensão, mas infelizmente ainda mais pequeno no modo como gente pretensiosa tem orgasmos múltiplos com o que vem de fora e esquece os que são portugueses, sobretudo se forem populares. (…) Portugal ainda é muito pequenino e provinciano; e ainda se nota mais quando as críticas chegam de pretensas elites", lamentou o antigo diretor de ‘A Capital’, dando os exemplos de Joana Vasconcelos, José Saramago, Tiago Rodrigues ou Paula Rego, em contraste com os seus equivalentes à escala global, como Ai Weiwei, Caroline Nguyen ou Lucian Freud.

Depois, esclareceu a sua admiração por Herman José: "É um monstro genial. O que fez em Portugal não tem paralelo - na forma como fez rir um país taciturno e acabrunhado pela ditadura, na maneira como revolucionou o humor português, no modo com pôs em causa os costumes num país conservador e bafiento. Há um Portugal antes de Herman. E há um Portugal depois de Herman. O momento em que ele subiu ao palco para abraçar Cleese deveria ser um momento inesquecível para quem ali esteve - o instante em que dois enormes humoristas se abraçaram celebrando o talento e o poder revolucionário do humor", prosseguiu.

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"Ler o que li nas redes sociais sobre o disparate de Herman José é ofensivo. Por que aquele momento foi histórico. Que John Cleese não o saiba é normal. Mas que cada português não o reconheça é que me parece verdadeiramente obsceno. E tristemente saloio", rematou.

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