
Marta Melro: "2016 foi um ano alucinante"
A atriz fez o balanço do ano que termina e revelou as suas ambições para 2017.
Finalmente de férias, depois de terminadas as gravações da telenovela ‘A Única Mulher’ e de uma pausa nas filmagens da película ‘De Repente, a Vida’ , no Algarve, a atriz faz um balanço muito positivo de 2016. A viver com o namorado, Ricardo Sá, mudou-se para uma casa no centro de Lisboa e tem aproveitado para conhecer melhor os recantos da capital. Porém, no Natal, volta sempre a casa dos pais, no Porto, onde passa a Consoada e mata saudades de toda a família.
Que balanço faz de 2016?
Foi um ano alucinante, em que fechei o projeto ‘A Única Mulher’ que me sugou muita energia. Não tive praticamente tempo de parar. Acabei de gravar a novela e recebi imediatamente o convite para fazer um filme, que acabei há pouco tempo, no Algarve. Foi um ano profissionalmente e pessoalmente muito preenchido.
O que é que pode contar sobre o filme?
É uma comédia e temos estado a filmar em Loulé. Faço uma dondoca em decadência, de uma família brasonada que perdeu tudo, a Angélica Bessa. Poder fazer uma comédia, em cinema, foi o melhor presente que podia ter recebido. Até porque nunca tinha entrado numa longa-metragem.
Como é que tem sido essa experiência?
Antes tive muitos nervos, porque preocupo-me bastante com o meu trabalho. Nos primeiros dias ainda estava a tentar encontrar o registo certo. O ritmo é diferente, fazem-se duas cenas por dia, é mais calmo, mas os atores têm que ser versáteis.
O que é que se segue?
À partida vou voltar a um projeto de televisão, mas ainda não tenho ideia do que será. Agora estou a aproveitar para dormir até tarde. Sou ‘workaholic’ mas também dou muito valor ao descanso e a fazer absolutamente nada. Acho que são momentos importantes para depois seguirmos em frente, mais fortes. Ter tempo e não precisar de planear os dias é um luxo!
Falando nesta época, de Natal, como é que vai ser esta quadra?
É obrigatório ir ao Porto para estar com os meus pais. A única dúvida é saber quantos vamos estar, porque somos uma família grande, somos quatro irmãos e tenho quatro sobrinhos.
Já pensa dar um sobrinho aos seus irmãos?
Ainda tenho tempo! É bom estar no papel de tia, porque eu sou a "tia fixe", com quem os meus sobrinhos falam das namoradinhas, da escola... Como sou a irmã mais nova, eles sentem-se muito próximos de mim.
Como é que é a vossa Consoada?
É sobretudo uma reunião de família, à volta na mesa. Na nossa família a mesa, as refeições, sempre foi fundamental. É aquela altura em que conversamos, não temos nada a interferir, não há televisões ligadas, nem telemóveis. De resto, é um fartote, porque estamos todos juntos! É um Natal mesmo de família.
Para si, que vive sozinha desde os 18 anos, deve ser ainda mais reconfortante, porque é um regresso ao ninho.
Sinto-me outra vez criança! O Natal, para mim, é a obrigatoriedade de ir para o ninho, mas é a melhor obrigação que posso ter, durante todo o ano.
E como é a Passagem de Ano?
Isso já é com os meus amigos até porque, durante muitos anos, tive que passar em casa, porque os meus pais não me deixavam sair. Eles eram um bocadinho rígidos com as minhas saídas.
A novela trouxe-lhe também um novo amor [Ricardo Sá]. Como é que têm sido estes tempos de namoro?
Tem sido muito bom! Mas agora já estamos a pensar como é que vai ser, quando trabalharmos em projetos diferentes. Porque, nesta novela, era mais fácil gerirmos a nossa vida pessoal, porque acabávamos por, muitas vezes, termos os mesmos dias de folga.
Entretanto, começaram a morar juntos, muito rapidamente.
Sim, mas foi tudo muito natural. Vivi durante 12 anos na margem sul e decidi que me dava mais jeito viver em Lisboa. Comecei a procurar casa, ele ajudou-me, e acabou por fazer mais sentido estarmos juntos do que a pagar duas rendas.
Como é que tem sido a vida, em conjunto, com o Ricardo?
Partilhar a vida é um passo ainda mais importante do que um casamento. Mas, para os atores, é capaz de ser mais simples, porque já estamos habituados a partilhar espaços com muita gente.
É fácil morar com o Ricardo?
Ele é homem. Eu sou muito pontual, muito arrumadinha. Mas consegui vencer essa batalha! O Ricardo tinha aquelas coisas que muitos homens têm: uma cadeira com roupa empilhada, por exemplo. E eu convenci-o que era muito mais prático e muito mais rápido se fosse organizado.
Passam a Consoada juntos?
O Ricardo tem cá, em Lisboa, a família, mas pode acontecer como, no ano passado, em que o Ricardo apareceu, de surpresa, em casa dos meus pais, no Porto. De resto, passamos a Consoada, cada um com a sua família nuclear e depois, então, no dia 25, juntamo-nos.
Tem sido fácil a adaptação à família do Ricardo?
Tenho alguma facilidade em adaptar-me às pessoas e acabo por receber toda a gente de braços abertos. Ainda por cima o Ricardo tem uma data de primos, da nossa idade; um deles toca na banda com ele. Facilmente, acabei por ganhar uma nova família, o que é aconchegante, porque não tenho a minha própria família cá.
Voltando ao Natal, costuma ajudar com os enfeites e o pinheiro?
Durante muitos anos, a minha mãe esperava que eu chegasse ao Porto, para terminar de fazer a árvore de Natal. Ainda hoje, deixa sempre um anjinho para eu colocar, no cimo da árvore, quando chego. Curiosamente, aqui em Lisboa, nunca fiz árvore de Natal. Se calhar por sentir que era algo que só queria ter na casa dos meus pais, porque para mim o Natal é lá.
Como é que faz a escolha dos presentes?
Penso em cada pessoa, especificamente, e sou muito preciosista nessa escolha. Às vezes, ainda estou no Natal e já estou a pensar no que é que vou oferecer, a determinada pessoa, no Natal seguinte. E não tem a ver com o valor material. A minha mãe sempre me ensinou que toda a gente tem que dar algo a outra, mas não tem a ver com dinheiro. É o cuidado de escrever um postal, fazer um raminho com chocolates. O que mais gosto é de embrulhar os presentes e até me dou ao trabalho de comprar papel e fitas diferentes de acordo com o que sei das pessoas.
O que espera de 2017?
Gostava muito de fazer teatro, num registo não cómico, e televisão, ao mesmo tempo, apesar de ser um ritmo alucinante.