Paula Neves é mãe de princesa no ecrã sem poder engravidar na vida real
A atriz é a protagonista de uma polémica campanha anti-tabaco onde veste o papel de uma mãe fumadora que dá esse exemplo à filha. Na vida real, o seu drama é ter abandonado de vez os sonhados planos da maternidade.
Paula Neves está envolvida numa polémica com o Ministério da Saúde depois do lançamento de uma campanha de sensibilização sobre os riscos do tabagismo, com um público-alvo específico, as mulheres.
A atriz é a protagonista do filme 'Opte por amar mais', no qual dá vida a uma mãe de 40 anos a lutar contra o cancro do pulmão, na fase terminal da doença, e que mesmo assim não consegue parar de fumar. Tudo muda para esta mãe quando ela percebe que a filha, criança, imita todos os seus gestos, incluindo segurar o cigarro.
A campanha do Ministério da Saúde poderia passar despercebida não fosse a frase mais dramática que acabou por não ser bem recebida pelo público-alvo. "Uma princesa não fuma", diz Paula Neves. E isso bastou para a onda de críticas - já há até quem tenha alterado o nome da curta-metragem.
A nova campanha "é misógina e culpabilizante das mulheres", afirma a deputada socialista Isabel Moreira, que pede que o filme seja retirado das salas de cinema. Nas redes sociais, os comentários sublinham os clichés do filme.No Twitter, Paula Neves continua a defender a campanha, orgulhosa do trabalho com o realizador André Badalo.
As polémicas à volta do seu papel de mãe na curta-metragem chegam numa altura em que a atriz revela que o plano da maternidade na vida real ficou para trás. Em entrevista à 'TV Guia' desta semana, Paula Neves conta que o assunto infertilidade ficou "resolvido". "Seremos sempre nós os dois: eu e o Ricardo!"
"A vontade e a tentativa que houve de ter filhos aconteceu porque na altura fazia sentido, porque estávamos juntos há tantos anos…. Pensávamos que ou acontecia naquela altura ou se tornaria complicado. Mas não aconteceu. É a vida!", acrescentou.
A atriz continua afirmando que "nunca" houve o chamamento para ser mãe. "E assim nunca cobrámos um ao outro e reagimos igual forma ao mundo da infertilidade [...] Seguimos em frente, sem drama sem cobrança, mágoa, vazio, nada. E com mais espaço para outras coisas. Eu fui fazer o mestrado e ele o doutoramento", concluiu.
Pode ler mais detalhes da conversa na 'TV Guia' desta semana. Nas bancas.