
Em apenas um mês, o mando assistiu perplexo a várias fatalidades atingiram o mundo do futebol, tanto em Portugal como além fronteiras. Tragédias sucessivas têm abalado o desporto-rei, e deixado marcas profundas nos colegas atletas, famílias e adeptos. Neste universo, muitas vezes associado à glória, impõe-se agora a pesada dor do luto.
O mais recente caso prende-se com a morte de um dos jogadores mais relevantes da história do Futebol Clube do Porto, Jorge Costa. Costa foi capitão dos dragões e teve a honra de levantar o troféu da Champions pelo clube do coração. Para além do sucesso no FC Porto, foi também pedra fundamental da seleção nacional portuguesa.
Jorge Costa morreu esta terça-feira, 4 de agosto, vítima de uma paragem cardiorrespiratória quando estava no centro de treino dos dragões. Tinha apenas 53 anos e foi algo completamente inesperado, deixando três filhos para trás.
Outra tragédia que deixou o País em choque foi a perda dos irmãos Diogo Jota e André Silva, de 28 e 25 anos de idade, respetivamente, no passado dia 3 de julho. Os dois irmãos seguiam num carro de luxo a caminho de Inglaterra, onde Jota iria regressar para voltar aos treinos no Liverpool, quando um pneu do carro rebentou, levando a um violento despiste que culminou numa explosão e num intenso incêndio, que vitimou de imediato os jovens.
Este acidente deixou a família totalmente devastada. Os pais perderam os seus dois únicos filhos e Jota deixou a mulher, Rute Cardoso, viúva apenas 12 dias depois do casamento, apesar de estarem juntos há mais de 10 anos, e com três crianças nas mãos, uma delas com apenas 8 meses.
Já no futebol internacional, o guarda-redes do Bayern Munique, Sven Ulreich e a mulher Lisa Ulreich, anunciaram através das redes sociais na passada sexta-feira, dia 1 de agosto, a morte do seu filho que tinha apenas 6 anos. Numa emocionada declaração, assinada pelo casal, à qual bloquearam os comentários, estes pais em dor anunciam que a criança "faleceu após uma longa e grave doença".
Também Mathias Verreth, jogador belga do clube italiano Bari passou recentemente pela dor de perder um filho. Elliot Charles, filho mais novo do jogador, que tinha apenas 14 meses, faleceu na semana passada. A criança encontrava-se hospitalizada na Bélgica há vários dias, devido a uma virose, e acabou por não resistir.
O Bari, clube da Serie B italiana, anunciou a trágica notícia através de um comunicado oficial, onde revelou também a suspensão do estágio de pré-época: "Não temos palavras para comunicar uma notícia destas, que toca no fundo de cada um de nós. O presidente Luigi De Laurentiis, o staff técnico, toda a equipa e os colaboradores estão próximos de Matthias Verreth e da sua família num dos momentos mais terríveis que um pai e um ser humano pode enfrentar: a perda prematura de um filho."
As desgraças não ficam por aqui. Um jogador brasileiro de 27 anos que estava de momento ao serviço do Grupo Desportivo de Caldelas, em Amares, nos escalões distritais da Associação de Futebol de Braga, morreu afogado numa praia fluvial no Gerês no passado sábado, dia 2 de agosto. O acidente ocorreu na freguesia de Vilar da Veiga, concelho de Terras de Bouro e o corpo acabou por ser encontrado pelas autoridades por volta das 21h30 de sábado, já sem vida.
Entretanto, o clube minhoto confirmou a notícia e partilhou uma nota de pesar: "É com enorme tristeza e profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento do nosso guarda-redes Jeferson Merli. O Jeferson, que recentemente tinha renovado com o nosso clube, deixa-nos não só a sua dedicação dentro de campo, mas também a amizade, o profissionalismo e o espírito de união que sempre o caracterizaram."
Todas estas desgraças, desde mortes de filhos de jogadores, ao falecimento de importantes figuras do desporto, trazem consigo uma enorme dor, tanto para as famílias afetadas, como para os adeptos e colegas de profissão destes homens.