
A última vez que a SIC liderou durante um mês inteiro foi quando transmitiu o Mundial de futebol de 2006. Onze anos depois, nada indica que a hegemonia da TVI possa acabar. Pois bem: chegado o mês de Dezembro, é hora de fazer o balanço de 2017. Nas próximas semanas, analisaremos o que foi feito no entretenimento, na informação, vamos eleger o melhor e o pior do ano, antes de perspectivarmos o futuro, ou seja, 2018. Comecemos, esta semana, caro leitor, pela principal guerra do mercado: a guerra SIC-TVI.
Foi um ano perdido para estas duas televisões generalistas privadas. Estiveram ambas numa espécie de banho-maria. A SIC está capturada pela situação financeira do grupo proprietário, a Impresa. Já a TVI está a braços com uma venda à Altice que parece cada vez mais improvável de se concretizar, mas que paralisa a empresa. Mesmo assim, a TVI ganha em tudo. Isso é notável.
De manhã, Goucha resistiu a tudo, e domina Júlia Pinheiro, desgastada e cada vez com menos carisma. À tarde, a SIC emprateleirou Andreia Rodrigues à procura de share, mas encontrou novo buraco, com uma dupla incapaz de enfrentar Fátima Lopes, a melhor apresentadora de day time. No horário nobre, a ficção da SIC pareceu, no início do ano, dar sinais de crescimento, mas Paixão representa uma década inteira de retrocesso. O ponto fraco de Queluz era as 7 da tarde. O novo concurso de Cristina Ferreira foi a grande conquista do ano, e arrebatou a liderança à RTP. Seja qual for o enquadramento empresarial, dificilmente o ano que vem mudará este panorama no mercado de sinal aberto.
Lembra-se dele?
Lembra-se dele?
TVI mais líder em novembroApesar do fracasso de Teresa Guilherme e das dificuldades ao domingo, a TVI fecha Novembro a subir e alarga a vantagem sobre a SIC. Carnaxide é vítima do retrocesso na ficção, provocado pela novela Paixão. RTP1 e RTP2 mantêm os valores, o que, hoje em dia, já não é mau.
50 anos da tragédia das cheias
50 anos da tragédia das cheias
Mais baixo, não há
Mais baixo, não há