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Carlos Rodrigues
Carlos Rodrigues A Grelha da Semana

Notícia

Canais em banho-maria

Por razões diferentes, este foi um ano perdido, tanto para a TVI, como para a SIC. Não houve dinheiro nem ideias, e o ano acaba como começou: programação pobre e grelhas sem rasgos.
05 de dezembro de 2017 às 17:27
Cristina Ferreira
Cristina Ferreira

A última vez que a SIC liderou durante um mês inteiro foi quando transmitiu o Mundial de futebol de 2006. Onze anos depois, nada indica que a hegemonia da TVI possa acabar. Pois bem: chegado o mês de Dezembro, é hora de fazer o balanço de 2017. Nas próximas semanas, analisaremos o que foi feito no entretenimento, na informação, vamos eleger o melhor e o pior do ano, antes de perspectivarmos o futuro, ou seja, 2018. Comecemos, esta semana, caro leitor, pela principal guerra do mercado: a guerra SIC-TVI.

Foi um ano perdido para estas duas televisões generalistas privadas. Estiveram ambas numa espécie de banho-maria. A SIC está capturada pela situação financeira do grupo proprietário, a Impresa. Já a TVI está a braços com uma venda à Altice que parece cada vez mais improvável de se concretizar, mas que paralisa a empresa. Mesmo assim, a TVI ganha em tudo. Isso é notável.

De manhã, Goucha resistiu a tudo, e domina Júlia Pinheiro, desgastada e cada vez com menos carisma. À tarde, a SIC emprateleirou Andreia Rodrigues à procura de share, mas encontrou novo buraco, com uma dupla incapaz de enfrentar Fátima Lopes, a melhor apresentadora de day time. No horário nobre, a ficção da SIC pareceu, no início do ano, dar sinais de crescimento, mas Paixão representa uma década inteira de retrocesso. O ponto fraco de Queluz era as 7 da tarde. O novo concurso de Cristina Ferreira foi a grande conquista do ano, e arrebatou a liderança à RTP. Seja qual for o enquadramento empresarial, dificilmente o ano que vem mudará este panorama no mercado de sinal aberto.

Lembra-se dele?

Claro que os espectadores não o esquecem. E as notícias sobre o fim do "gordo" são claramente precipitadas. Sexta-feira passada não houve concurso de Cristina Ferreira, na TVI. Eis que O Preço Certo rapidamente trepou para a liderança absoluta do horário das 19 horas. A maratona está apenas no início. 

Lembra-se dele?

TVI mais líder em novembro

Apesar do fracasso de Teresa Guilherme e das dificuldades ao domingo, a TVI fecha Novembro a subir e alarga a vantagem sobre a SIC. Carnaxide é vítima do retrocesso na ficção, provocado pela novela Paixão. RTP1 e RTP2 mantêm os valores, o que, hoje em dia, já não é mau.

50 anos da tragédia das cheias

O aniversário das grandes cheias de 1967 proporcionou bons trabalhos documentais. Ninguém sabe ao certo quantas pessoas morreram, porque a censura decretou, a certa altura, que "a partir de agora não morre mais ninguém", ou seja, não havia mais notícias sobre mortes. O interesse pela efeméride foi acentuado pela coincidência trágica dos fogos, este ano, terem matado mais de 100 pessoas. Destaque para o documentário de Helena Matos, na RTP1, com bons testemunhos e bom trabalho de arquivo.

50 anos da tragédia das cheias

Mais baixo, não há

A guerra sem quartel que Benfica e Porto travam no futebol ameça fazer estragos, também na televisão. Guilherme Aguiar, na SIC Notícias, tenta apoucar um qualquer site benfiquista, queixando-se de que "até tem publicidade para acabar com as hemorróidas". Logo alguém, do outro lado da barricada, intervém nas redes sociais e explica que a publicidade se baseia nos sites que se visita. Poderemos descer mais baixo?

Mais baixo, não há

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