
É raro em democracia: o trabalho da Assembleia da República apaixona os portugueses, que agradecem o conjunto de informações, inquirições e troca de acusações que tem preenchido a comissão parlamentar de inquérito ao caso TAP. A comunicação é elemento essencial de qualquer instituição em democracia, pelo que o sucesso dos trabalhos parlamentares reforça a transparência do regime. Mesmo que a realidade seja muito negativa, mais vale tentar erradicá-la do que silenciá-la. O Parlamento merece todos os elogios neste ano de 2023. Está a investigar uma matéria que tem interesse público, com ótima capacidade de reação à atualidade. O que se passou na semana passada prova-o: pouco tempo depois do escândalo-Galamba, eis que os protagonistas principais são ouvidos, e obtêm ótimas audiências na televisão. Todos eles saíram com avaliação negativa, porque as principais intervenções no Parlamento foram desastrosas. João Galamba fez de menino irresponsável a tentar passar as culpas de uma qualquer maldade para o menino que se senta na carteira do lado. Demasiado triste para ser comentado. Francisco Pinheiro, o ex-adjunto de Galamba, mostrou ser mais estruturado intelectualmente, e comunicacionalmente, que o ministro. Porém, o ex-adjunto deu, também ele, um espetáculo deprimente. Neste caso, mais por culpa da situação em que se viu envolvido do que pela falta de critério, que também teve, na gestão da entrega do computador. Falta explicar um detalhe: quando foi dispensado, para que queria ir buscar o computador e levá-lo consigo? Finalmente, o País ficou a conhecer Eugénia Correia, a chefe de gabinete de Galamba. Vem da tradição do melhor humor britânico: os chefes de gabinete têm, na verdade, mais poder que o ministro. A desorganização, a falta de disciplina e o esquecimento das principais obrigações (como as nomeações e exonerações) que marcam este ministério são, na verdade, mais da responsabilidade de Eugénia que de Galamba.
O Parlamento merece todos os elogios neste ano de 2023. Está a investigar uma matéria que tem interesse público, com ótima capacidade de reação à atualidade. O que se passou na semana passada prova-o: pouco tempo depois do escândalo-Galamba, eis que os protagonistas principais são ouvidos, e obtêm ótimas audiências na televisão. Todos eles saíram com avaliação negativa, porque as principais intervenções no Parlamento foram desastrosas. João Galamba fez de menino irresponsável a tentar passar as culpas de uma qualquer maldade para o menino que se senta na carteira do lado. Demasiado triste para ser comentado. Francisco Pinheiro, o ex-adjunto de Galamba, mostrou ser mais estruturado intelectualmente, e comunicacionalmente, que o ministro.
Porém, o ex-adjunto deu, também ele, um espetáculo deprimente. Neste caso, mais por culpa da situação em que se viu envolvido do que pela falta de critério, que também teve, na gestão da entrega do computador. Falta explicar um detalhe: quando foi dispensado, para que queria ir buscar o computador e levá-lo consigo? Finalmente, o País ficou a conhecer Eugénia Correia, a chefe de gabinete de Galamba. Vem da tradição do melhor humor britânico: os chefes de gabinete têm, na verdade, mais poder que o ministro. A desorganização, a falta de disciplina e o esquecimento das principais obrigações (como as nomeações e exonerações) que marcam este ministério são, na verdade, mais da responsabilidade de Eugénia que de Galamba.
PROGRAMAÇÃO - SIC LIMPA MAIO
O mês está a terminar, e continuam as três principais tendências: canais generalistas a cair, cabo a subir para patamares cada vez mais inesperados para a generalidade dos analistas, e a SIC à frente da TVI. Estes dois canais privados devem obter o pior resultado do ano, ambos já na casa dos 14%, e com poucas décimas a separá-los. A barreira da liderança há de cair para perto da casa dos 10%. A RTP continua a dar sinais de subida consistente, e passa a barreira dos 11%. No top 15 dos programas mais vistos da semana, há um feito histórico: dois são da CMTV. Isso dá bem nota da subida avassaladora do cabo em Portugal.
INFORMAÇÃO - DUELO FINAL
No próximo sábado, as televisões portugueses vão empenhar-se na festa do título de futebol. Neste momento, o mais provável é que o epicentro seja em Lisboa, mas, na verdade, o Porto também tem a sua chance. Trata-se de um dos momentos mais relevantes de demonstração de força por parte dos canais de informação nacional – uma espécie de noite eleitoral, todos os anos. Vai ser, novamente, um serão para desfrutar dos diretos televisivos. É nestes eventos que o afastamento, por parte das generalistas, reforça o cabo junto do público – o que é impressionante é que as generalistas nunca o perceberam.
SOBE - JOSÉ CONDESSA
O jovem artista português vive um momento alto da carreira. A estreia na Netflix e em trabalho com o cineasta espanhol Pedro Almodóvar fazem adivinhar um futuro risonho à sua frente.
SOBE - CRISTINA FERREIRA
O formato de domingo à noite ficará na história como um morto-vivo que conseguiu dar a volta a dominar os serões de domingo. Isso é mérito principal da responsável pelo programa, que começa a somar sucessos.
DESCE - DANIELA RUAH
O fracasso de 'Os Traidores' tem como consequência a provável saída da atriz do mercado de apresentação de programas. Isso será um erro. Fica o apelo para a SIC não confundir o essencial com o acessório.