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Carlos Rodrigues A Grelha da Semana

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Os Globos de Ouro foram um sucesso tremendo, e uma afirmação de força numa altura em que a TVI queria dar sinais de recuperação. José Eduardo Moniz lá estava, disciplinado, na plateia. Uma metáfora perfeita.
06 de outubro de 2022 às 13:06
Clara de Sousa nos Globos de Ouro 2022
Clara de Sousa nos Globos de Ouro 2022 Foto: Cofina Media

A cerimónia dos Globos de Ouro tem servido ao longo dos anos como uma espécie de reflexo do poder da SIC no mercado. Quando o canal está forte, os Globos exalam vida, energia e poder. Quando a SIC está mais fraca, a gala decai, entra em crise e depressão. Chegou mesmo a perder algumas vezes para a concorrência, o que é péssimo atendendo ao grau de investimento que é feito numa produção de uma só noite.

Sob a gestão de Daniel Oliveira e Daniel Cruzeiro, a SIC tem conseguido ultrapassar todas as dificuldades económicas que a empresa enfrenta, e suplantou as sucessivas tentativas feitas pela TVI para reconquistar o castelo. Esta direção de programas afirma de forma recorrente a força do projeto com vitórias simbólicas, que cumprem igualmente a missão de desmoralizar os adversários.

Foi de novo assim, domingo passado. Um espetáculo esfuziante, luminoso e animado, com o pequeno entrave das cadeiras vazias a partir de certa hora da noite, e que deverá ser resolvido no ano que vem. Foi um verdadeiro espetáculo de glamour e de conteúdo em harmonia perfeita, e que o público brindou com uma audiência muito boa. Os Globos tiveram também uma apresentadora da casa que vem da informação, a jornalista Clara de Sousa, e que se adaptou perfeitamente à missão, em mais uma prova de que a filosofia da direção de programas de Daniel Oliveira é prevalecente na empresa. Isso é bom para a SIC, porque dessa forma os profissionais envolvidos conseguem colocar o interesse geral da estação acima dos desígnios pessoais ou de cada departamento.

Os Globos de Ouro foram um sucesso tremendo, e uma afirmação de força numa altura em que a TVI queria dar sinais de recuperação. José Eduardo Moniz lá estava, disciplinado, na plateia. Uma metáfora perfeita.           

Sob a gestão de Daniel Oliveira e Daniel Cruzeiro, a SIC tem conseguido ultrapassar todas as dificuldades económicas que a empresa enfrenta, e suplantou as sucessivas tentativas feitas pela TVI para reconquistar o castelo. Esta direção de programas afirma de forma recorrente a força do projeto com vitórias simbólicas, que cumprem igualmente a missão de desmoralizar os adversários.

 

INFORMAÇÃO - RUBRICAS

José Eduardo Moniz
José Eduardo Moniz

O primeiro embate da renovada informação da TVI não alterou o panorama por aí além. As rubricas que agora preenchem o 'Jornal das 8' de segunda a sexta são todas competentes – porém, sofrem de um problema conceptual. Fazer rubricas dentro de um jornal corta a capacidade de tratamento das notícias, as quais devem ser sempre o fulcro de um noticiário que queira ser maioritário, ou seja, chegar ao grande público. Agora que começaram, podemos desde já ajudar o espectador a descodificar: mais tarde ou mais cedo, vão todas ser descontinuadas. Para bem da TVI, deverá ser mais cedo do que tarde.

 

PROGRAMAÇÃO - O PLENO DA SIC 

Daniel Oliveira, diretor de Programas, SIC
Daniel Oliveira, diretor de Programas, SIC Foto: Instagram

Na reta final do mês, a vantagem da SIC alargou um pouco. E os primeiros dias de outubro mostram que a SIC se prepara para fazer o pleno – ganhar 12 meses em 12, neste ano, tal como nos anteriores. A RTP1 foi salva pela Seleção e conseguiu ficar acima dos 10% de share mensais. Em rigor, 10,06%, uma centésima acima do pior mês de sempre, abril, em que registou 10,05%. A RTP2 está reduzida a um pequeno jornal regional – 15 mil espectadores em média.

 

SOBE - CLARA DE SOUSA

Clara de Sousa
Clara de Sousa

Um resultado retumbante num espetáculo glorioso. A apresentadora da gala dos Globos de Ouro transforma a jornalista da SIC numa 'entertainer' de grande dimensão.

SOBE - JOANA MARQUES

Joana Marques
Joana Marques

A crónica de humor durante a gala dos Globos foi de uma qualidade rara em televisão. Humor inteligente, acutilante e que diverte – as três qualidades raras que fazem humor de excelência.

DESCE - CRISTINA FERREIRA

Cristina Ferreira
Cristina Ferreira

Passam as semanas, e o 'Big Brother' continua a definhar. Talvez tenha chegado o ponto de saturação do formato, e seja tempo para novo pousio de anos, até regressar, mais tarde, novamente em força.

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