
Em novembro, a distância da RTP1 para a TVI encurta de uma forma que há muito não se via. Neste momento, a televisão pública aproxima-se de Queluz de Baixo, algo que seria impensável há poucos meses. Os dois canais estão separados por pouco mais de 4 pontos percentuais à entrada para os últimos dias do mês, altura em que é feita esta análise. O futebol da Seleção terá ajudado o canal 1, num efeito só parcialmente equilibrado pela Champions e pela Taça de Portugal na TVI. A subida do The Voice também puxou a televisão de José Fragoso para cima. Porém, a aproximação só é possível fruto principalmente do demérito da TVI, e não de qualquer mérito especial da RTP. Vejamos por horários. O programa da manhã de Cláudio e Botelho Moniz definha. As tardes, idem, apesar de Goucha. O formato de Cristina atinge mínimos, num percurso inversamente proporcional ao de O Preço Certo de Fernando Mendes, na RTP. Os fins de semana registam desempenhos muito sofríveis. Finalmente, na informação, o jornal da hora de jantar da TVI fica cada vez mais vezes em último, atrás do Telejornal, herdeiro diário do auditório do "gordo". Tudo se passa como se o esforço desenvolvido no cabo tivesse esgotado as energias da empresa, e agora estivesse a roubar espectadores ao canal principal. Um alerta que já aqui deixámos, mas que dificilmente se poderia prever que se agravaria até este ponto. Não está fácil a vida do canal generalista de Queluz de Baixo.
Porém, a aproximação só é possível fruto principalmente do demérito da TVI, e não de qualquer mérito especial da RTP. Vejamos por horários. O programa da manhã de Cláudio e Botelho Moniz definha. As tardes, idem, apesar de Goucha. O formato de Cristina atinge mínimos, num percurso inversamente proporcional ao de O Preço Certo de Fernando Mendes, na RTP. Os fins de semana registam desempenhos muito sofríveis. Finalmente, na informação, o jornal da hora de jantar da TVI fica cada vez mais vezes em último, atrás do Telejornal, herdeiro diário do auditório do "gordo".
PROGRAMAÇÃO - SERVIÇO PÚBLICO
Este mês vimos filmes de Fellini, cinema português de nicho, teatro e ópera no horário nobre do canal 2. Os resultados são maus. Novembro aproxima-se do fecho com uma média de 0,8% de share, abaixo do recorde negativo de maio, em que registou 0,9, e a caminho de um autêntico apagamento total. As propostas distintivas que procuram fazer serviço público mostram que alguém quer mostrar trabalho. Porém, é desgarrado. Seria mais útil pegar numa ideia que servisse de fio condutor para a programação, em vez de se lançarem fogachos isolados e condenados ao fracasso.
INFORMAÇÃO - SOS SIC Notícias
A crise da SIC Notícias é real. Desceu para terceiro lugar no ranking dos canais de informação nacional e dá sinais de um preocupante imobilismo. As mudanças na grelha não funcionaram. Foram mesmo surreais, com programas políticos sem qualquer capacidade de atração do público, alguns deles importados de canais menores, como o canal Q. Pior é a invenção de uma rubrica de humor à meia-noite, com grafismo infantil, sem graça e completamente desajustada ao perfil do canal. A menina dos olhos de Balsemão durante duas décadas está em profunda depressão.
SOBE - RUI RIO
Contra todas as expectativas, ganhou as eleições autárquicas e isso deu-lhe outra energia. Ter sido desafiado internamente, quando a lógica indicava que tal não faria sentido, só o ajudou. Vai para as legislativas reforçado.
DESCE - PAULO RANGEL
Com ele, o programa Alta Definição teve um dos piores resultados de sempre. Isso foi um prenúncio do que veio a acontecer na eleição para líder do PSD: a mensagem de Rangel não passou, e perdeu, quando as elites lisboetas achavam que já tinha ganho. O povo farta-se de trocar as voltas às elites!
DESCE - RUI PEDRO SOARES
Lamentável todo o comportamento do presidente da Belenenses SAD no jogo contra o Benfica. Deu informação errada – um jogador supostamente positivo afinal estava negativo. Depois não recorreu a todos os atletas disponíveis, e usou a falta de jogadores como argumento. Fez mal ao futebol.