
1- O vencedor. A SIC já ganhou o ano. Para todos os efeitos, o grande vencedor de 2021 é Daniel Oliveira e a sua equipa, que dominou todas as investidas da TVI, capitaneada por Cristina Ferreira.
2 - O Big Brother. O que resta do ano vai mostrar que a TVI é mais forte com o reality show na grelha. Os custos podem ser altos, mas na verdade a TVI fez no último ano e meio muita coisa bem mais cara e sem nenhum resultado. O BB, pelo contrário, dá luta, pelo que vale a pena o investimento.
3 - O futuro. O ano que vem é a próxima batalha nas televisões generalistas. Terminada a operação de controlo da estação, os novos donos da TVI terão agora pela frente o desafio de organizarem a estação de forma a dar-lhe meios para ser mais competitiva.
4 - Cristina Ferreira. É curioso verificar que a queda de prestígio e de valor da apresentadora e acionista não a retiram do centro do jogo. Os novos donos da TVI já terão percebido que com Cristina aos comandos não vão lá. Mas ela foi deixada transformar-se em acionista, pelo que o problema é de difícil resolução, e em qualquer caso com um enorme potencial desestabilizador. A forma como a TVI resolver o problema Cristina Ferreira vai determinar o futuro.
5 - Serviço público. A RTP chega a julho já com os trunfos do Europeu de futebol e Jogos Olímpicos gastos. Está com média anual de 11,3, e não atingiu os 12 pontos em nenhum mês do ano. Se perdesse Fernando Mendes descia para um resultado com um dígito. Eis um problema bicudo.
INFORMAÇÃO - DESGOVERNO NA RTP
O escândalo que está a passar-se na RTP com a cobertura dos Olímpicos é fiscalizado e avaliado por quem, visto que os diretores da casa não agem, a nova administração nada faz, e o Conselho Geral Independente não existe? Não será a tutela a responsável máxima pelo desgoverno da estação? Mais um sintoma da doença: sábado uma dupla portuguesa jogava ténis de mesa contra uma equipa alemã. Jogo equilibrado, e nem a meio ia. Eis que a RTP corta para a ginástica, sem portugueses, sem dar explicações. Nem os narradores nem o pivot entenderam o que estavam a fazer. Uma vergonha.
PROGRAMAÇÃO - FILOMENA CAUTELA
A decisão de Marcelo referida nesta página tem uma implicação: destapa ainda mais a vergonha que foi o programa Cautelar, em pleno canal 1 do serviço público de televisão, onde se fez a defesa do indefensável, no caso, a apologia do odioso artigo 6. O contraditório sobre o tema foi feito com entrevista ao deputado pós-estalinista do PS que é o responsável pela elaboração da lei, José Magalhães.
A emissão usou o serviço público para tentar evangelizar o auditório, e isso constituiu uma das mais graves violações de que me lembro dos princípios do serviço público de televisão.
AUDIÊNCIAS
SOBE - MARCELO
É merecedor de todos os elogios pela decisão de enviar para o Tribunal Constitucional o odioso artigo 6 da Carta dos Direitos On Line, artigo esse que legaliza a censura em Portugal. Se os partidos, com honrosas exceções, fecharam os olhos ao escândalo, valha-nos o chefe do Estado.
SOBE - ADEPTOS
O realizador, viu-se bem, estava a medo. Talvez porque havia já muito tempo que não transmitia um jogo com adeptos na bancada. Aos poucos foram reaparecendo os planos com pessoas a vibrar. A alegria do futebol voltou aos estádios na supertaça.
MANTÉM - JOSÉ ALBERTO CARVALHO
A entrevista a Rui Costa foi uma oportunidade única para a TVI no meio da crise que afeta o Benfica. Muitos comentadores, sobretudo de futebol, têm elencado as perguntas que ficaram por fazer, mas JAC não é, como sabemos, um entrevistador adversativo. No seu estilo, por isso, saiu-se bem.