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Carlos Rodrigues
Carlos Rodrigues A Grelha da Semana

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RTP. Mais dinheiro para quê?

Vejamos: é preciso mais dinheiro, dizem. Para quê? Não é explicado. O serviço da RTP é tão bom que deve crescer? Falso. Olhando para o serviço público inexistente no canal 1, para as audiências residuais da RTP2, para a irrelevância da RTP3, fazendo o balanço de tudo isto, diria que a empresa até devia devolver dinheiro.
29 de julho de 2021 às 12:28
Nicolau Santos
Nicolau Santos

Dizer que há falta de dinheiro e de meios é a desculpa mais utilizada pelas instituições portuguesas para não fazerem nada. Vem isto a propósito daquilo que já se percebeu ser um movimento de opinião que se está a intensificar, proveniente dos meios governamentais, nomeadamente da Secretaria de Estado dos Media. O argumento é simples: o financiamento da RTP será dos mais baixos da Europa (falso), logo é preciso aumentar os recursos, no caso, através do aumento da contribuição para a RTP que todos os portugueses pagam na fatura da eletricidade. Vejamos: é preciso mais dinheiro, dizem. Para quê? Não é explicado. O serviço da RTP é tão bom que deve crescer? Falso.

Olhando para o serviço público inexistente no canal 1, para as audiências residuais da RTP2, para a irrelevância da RTP3 (que em mês de Euro até para o canal 11 perdeu), fazendo o balanço de tudo isto, diria que a empresa até devia devolver dinheiro. E o pior é que o Estado quer aumentar o número de canais da RTP na TDT. Ora isso é uma despesa absurda. Fica caro, não tem retorno, e o exemplo de outros canais da televisão pública na TDT é péssimo, com resultados residuais. Não seria melhor tratar do que já existe em vez de criar novos buracos? Os portugueses não estão satisfeitos com a RTP que têm. Lançar dinheiro para cima desse desastre é cavar o fosso emocional entre o País e a televisão pública, e arriscar um divórcio sem retorno.

 

INFORMAÇÃO - PÉSSIMO TRABALHO

Jogos Olímpicos 2020
Jogos Olímpicos 2020 Foto: Getty Images

Tal como o Europeu de futebol, também os Jogos Olímpicos de 2020 passaram para 2021, mas sem público, ao contrário, por exemplo, da final de Londres em que as bancadas de Wembley se encheram. É bizarro ver uns Olímpicos sem espectadores nos recintos, mas sabe bem ver que a vida continua, haja o que houver. Parabéns, por isso, ao Comité Olímpico Internacional, por não ter desistido. Por cá, a RTP está a fazer um péssimo trabalho. Quem quer ver os Jogos tem de ver a Eurosport, se puder pagar a TV por cabo. Não se entende o nosso serviço público

 

PROGRAMAÇÃO - TONY CARREIRA

Tony Carreira, concerto, casino estoril
Tony Carreira, concerto, casino estoril Foto: liliana Pereira

O pouco que os portugueses puderam ver do concerto de Tony Carreira foi através de reportagens e dos depoimentos à saída de alguns dos 400 espectadores que estiveram na sala, a assistir. As imagens mostraram um espetáculo bem pensado e sobretudo muito sentido, em que a força da superação procurou impor-se à dor e ao silêncio. As palavras do cantor, no arranque do concerto, foram notáveis. Foi um momento inesquecível. O público gosta genuinamente de Tony Carreira e passou a ampará-lo na dor de uma forma que só os que cativam o coração conseguem atingir.

 

SOBE - NUNO SANTOS

Nuno Santos, diretor de programas, TVI
Nuno Santos, diretor de programas, TVI

O desafio de lançar a CNN Portugal é gigantesco, sobretudo porque vai implicar a conjugação de uma marca americana com o público português. Descobrir qual é o ponto em que as duas realidades se encontram é aquilo que Nuno Santos vai ter de fazer.

 

MANTÉM - OTELO

Otelo Saraiva de Carvalho
Otelo Saraiva de Carvalho

A morte de Otelo e o reduzido impacto da notícia mostram como os portugueses, mesmo quando parecem distraídos, possuem sólidos julgamentos sobre a sua História. De herói da liberdade a condenado num processo com crimes de sangue, Otelo é o anti-herói do nosso século XX.

 

DESCE - ARTUR SILVA

Nuno Artur Silva
Nuno Artur Silva

Em artigo de opinião no Público, o secretário de Estado tentou esclarecer as polémicas sobre o novo contrato de concessão da RTP, e lançou o mote da necessidade de maior financiamento à televisão do Estado. É do Governo que emana a intenção de dar mais dinheiro à televisão do Estado.

 

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