
1. Agora, que a poeira assentou, vou dar a minha opinião: Mário Ferreira não esteve na festa de verão da TVI, junto ao rio Tejo. Não sabemos, por isso, como reagiu ao 'look' com que Cristina Ferreira ali se apresentou. Também não sabemos o que Paula, sua mulher e administradora da estação, ficou a pensar dos gostos da sua diretora de Entretenimento e Ficção. Dos dois, o silêncio. Incomodados? Na ânsia de dar nas vistas, na sempre predominante preocupação de ocupar o palco principal e, o que parece óbvio, na intenção de se potenciar a si mesma no Instagram, Cristina denuncia-se quanto ao que é, aparentemente, a sua visão da TVI: um instrumento que usa a seu bel-prazer para poder faturar mais, dia após dia. Não lhe interessa se as cuecas ou as transparências corporais prejudicam a imagem da estação, ao colocá-la em patamares de referência que banalizam a empresa, lhe retiram classe e a afastam de públicos com bom gosto, decoro e educação. A mulher da Malveira que vimos anos e anos ao lado de Goucha, nas manhãs da TVI, que era adorada por ser do povo, perdeu o encanto – e a inocência. Querer agarrar-se desesperadamente à ideia de que o mundo tem de girar à sua volta não é bom sintoma. Do ponto de vista profissional, numa realidade tão diversificada como a de hoje, constitui um pequeno passo para o desastre. Do ponto de vista emocional, a impressão com que se fica é que o desalinho se torna cada vez mais flagrante. A TVI vai conseguindo resistir a este desatino, aparentemente. Até ao dia em que o espectador, de forma muito mais clara do que a que hoje já se vai notando, diga basta!
Na ânsia de dar nas vistas, na sempre predominante preocupação de ocupar o palco principal e, o que parece óbvio, na intenção de se potenciar a si mesma no Instagram, Cristina denuncia-se quanto ao que é, aparentemente, a sua visão da TVI: um instrumento que usa a seu bel-prazer para poder faturar mais, dia após dia. Não lhe interessa se as cuecas ou as transparências corporais prejudicam a imagem da estação, ao colocá-la em patamares de referência que banalizam a empresa, lhe retiram classe e a afastam de públicos com bom gosto, decoro e educação.
A mulher da Malveira que vimos anos e anos ao lado de Goucha, nas manhãs da TVI, que era adorada por ser do povo, perdeu o encanto – e a inocência. Querer agarrar-se desesperadamente à ideia de que o mundo tem de girar à sua volta não é bom sintoma. Do ponto de vista profissional, numa realidade tão diversificada como a de hoje, constitui um pequeno passo para o desastre. Do ponto de vista emocional, a impressão com que se fica é que o desalinho se torna cada vez mais flagrante.
2. Falei de Goucha. Há dias, no seu programa, vi-o a conversar com Paulo Battista. Que encontro aquele, que história de vida aquela. O apresentador, culto, inteligente e um comunicador de excelência, deu-nos a conhecer, mais do que um alfaiate – um dos melhores do País –, o homem nascido e criado num bairro pobre de Lisboa. Emocionei-me a vê-los e a ouvi-los. A televisão é isto, algo que Câncio nunca irá compreender.