Faz bem a SIC em não alimentar a polémica. Fará mal o Ministério Público em dar crédito a uma queixa-crime baseada no exercício de humor de Ricardo Araújo Pereira. Era o que faltava agora, após 49 anos de democracia em Portugal.
‘Casados no Paraíso’ foi mais uma aposta do diretor de Programas da SIC para os domingos à noite que não resultou. Reality show de Cláudia Vieira teve esta semana o seu pior resultado e foram tomadas decisões na estação.
Por mim, tudo bem. Mantém-se o título de diretora, mas, na realidade, deixa de mandar na TVI. E fica só como apresentadora. Finalmente, Mário Ferreira percebeu, entre outras coisas, que o “nós” é mais importante do que o “eu”.
Este é um verão fraquinho em termos de oferta das nossas televisões, e as audiências estão aí para o confirmar. O regresso de ‘Joker’ à RTP1 é uma lufada de ar fresco.
A SIC venceu julho à TVI, por seis décimas, mas Daniel Oliveira não tem razões para dormir descansado. As aparências frequentemente iludem. Afinal, sem o sucesso da Informação, a estratégia revela-se frágil.
TVI aposta num estudo de mercado para a área da Informação, o calcanhar de Aquiles da estação, para José Eduardo Moniz perceber o que se passa, e como agir. As perguntas são muitas, neste momento.
A mulher da Malveira que vimos anos e anos ao lado de Goucha, nas manhãs da TVI, que era adorada por ser do povo, perdeu o encanto – e a inocência. Querer agarrar-se desesperadamente à ideia de que o mundo tem de girar à sua volta não é bom sintoma.
‘Casamento Marcado’, apresentado por Maria Cerqueira Gomes na TVI, é um desastre, ao contrário do ‘The Voice Gerações’, na RTP1. Nota final para a solidariedade dos portugueses, que pode estar nas mãos do Governo e das nossas televisões.
Vi-o em Setúbal, em novembro de 2020, sozinho num banco de jardim em frente ao rio Sado, a ler uma biografia de Amália Rodrigues. Senti-me tentado em ir cumprimentá-lo. Não nos conhecíamos. Não fui. E arrependo-me hoje. Pedi-lhe uma entrevista há dois meses, para a ‘TV Guia’, e aceitou de bom grado. Deixou-nos um homem bom… quando há aí tanta gente má.
O reality show da TVI parece ter o seu destino traçado: da estreia, em 3 de junho, até agora, dia 17, foi sempre a perder público: arrancou na liderança, com 806 mil espectadores, e o seu último episódio valeu-lhe 627 mil, um 5.º lugar na geral.
Desmentiram o fim da (curiosa) relação de Margarida Corceiro e João Félix, avançada pela ‘TV Guia’ em dezembro, porque adoram lamber as botas aos famosos. Mas adiante. O que me preocupa mesmo são as promessas por cumprir dos sucessivos governos na saúde e os portugueses abandonados à espera de um médico…