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Francisco Moita Flores
Francisco Moita Flores Piquete de Polícia

Notícia

Cibersegurança

As redes sociais tornaram-se num pântano de mentiras e ‘fake news’ instrumentalizadas e manipuladas para interesse político, manipulação de opinião e, até, decisão de voto.
28 de outubro de 2018 às 07:00
V de Vingança, Guy Fawkes, fake news, máscaras
V de Vingança, Guy Fawkes, fake news, máscaras Foto: Getty Images

Não se passa uma semana que não venha a público documentos furtados de computadores por experimentados ‘hackers’ que, desta forma, transformam em reais, crimes virtuais. Discretos mails transformados em escândalo público. Contas bancárias invadidas a eito. Até os mais complexos sistemas de segurança, no domínio militar, são expostos publicamente. As redes sociais tornaram-se num pântano de mentiras e ‘fake news’ instrumentalizadas e manipuladas para interesse político, manipulação de opinião e, até, decisão de voto. Quer a eleição de Bolsonaro, quer a eleição de Trump estão contaminadas por estas manobras que fazem cair mitos e conseguem construir novos heróis.

Estamos perante um desafio com grande futuro. A velocidade a que se actualizam e adicionam novas técnicas e conhecimentos no domínio da cibernética é de tal modo extraordinária que polícias e autoridades de segurança do Mundo inteiro não fazem outra coisa que não seja correr atrás do prejuízo. Estima-se que nos próximos cinco anos, haverá um incremento de cerda de três milhões de empregos a mais no domínio da cibersegurança. A base de recrutamento são os mais talentosos informáticos, os melhores peritos no domínio e introdução de valor no aperfeiçoamento da internet. Esta auto-estrada da Liberdade leva de tudo. Desde a possibilidade fascinante de acedermos ao conhecimento num instante, como nela circulam poderosas redes criminosas associadas ao tráfico de droga, armamento, branqueamento de capitais, tráfico de mulheres, redes imensas de pedófilos, tornando numa dor de cabeça para as autoridades de cada país.

O erro consiste na incapacidade em pensar a evolução digital de uma forma analógica. De não entender que os recursos necessários para combater, ou pelo menos reduzir danos, exige técnicos, especialistas, peritos cuja possibilidade de pensar e agir como os ‘hackers’  são uma nova geração de funcionários muito bem pago. O Estado não está preparado para isto. Ainda não percebeu o risco que pode transformar a Liberdade no mais terrível caos social e humano.

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