
A novela real protagonizada pelos atores Diogo Morgado e Joana de Verona tem merecido atenção redobrada nas últimas duas semanas. Desde que se tornaram públicas as fotografias que denunciaram uma paixão, até então secreta, as suas vidas nunca mais foram as mesmas.
Diogo Morgado, casado e pai de dois filhos, sente-se acossado pelas parangonas dos jornais e das revistas, Joana de Verona, não esconde a angústia de ver o seu nome reproduzido na imprensa como sendo a causadora do fim de um casamento e até já existem relatos de que a estrela de televisão tem intenções de abandonar as gravações da novela, 'Ouro Verde' (TVI), por não estar a aguentar a pressão.
Os colegas de elenco tentam a todo o custo recuperar os sentidos depois de terem sido "atropelados" por uma notícia que não podem e, acima de tudo, não têm como negar.
Fulanizando a questão, tenho por Diogo Morgado o maior respeito, não apenas pela dedicação com que se entrega ao trabalho, como também pelo carácter honesto, sério e humilde que o destaca de muitas pseudo-figuras públicas.
Dele até poderia esperar um silêncio sepulcral sobre os carinhos trocados com Joana de Verona, agora, jamais posso sequer compreender e deixar passar em claro parte da mensagem eternizada no comunicado que fez questão de escrever e partilhar nas redes sociais.
O ator reclama privacidade, pede respeito e sentido de responsabilidade a quem fala ou escreve sobre os beijos apaixonados, que tanto desconforto lhe estão a trazer. Na minha opinião, Diogo e Joana não cometeram qualquer crime, quanto a isso não restam dúvidas, agora, o que nenhuma figura pública pode reivindicar é vista grossa por parte da imprensa em relação a factos que suscitam a curiosidade da opinião pública.
O caminho não pode ser feito através do amesquinhamento dos jornalistas, das publicações e dos canais de televisão que se limitam a fazer o seu trabalho.
Sugiro, ao invés, a todas as estrelas da nossa praça, mais comedimento nas ações, mais recato, sobretudo quando expostos ao olhar do público. Se é justo ou não? Não me cabe a mim ajuizar, mas tão só constatar que a fama, a mesma que resgatou Diogo Morgado do anonimato, também tem um reverso da medalha.