
Já passou um ano, mas tenho a certeza que até ao último suspiro que me prenda à vida, jamais irei esquecer a noite de terror e sofrimento que assombrou a cidade de Paris, a 13 de novembro, de 2015.
A CMTV, com larga vantagem em relação aos outros canais portugueses, noticiava, ao minuto, o banho de sangue perpetrado por terroristas do Estado Islâmico. O ataque ao Bataclan é como que uma ferida que jamais irá sarar.
Pela frieza, pela cobardia dos seus protagonistas, pelo esgar de horror de quem conseguiu sobreviver à carnificina. Nunca me esforcei, confesso, a tentar perceber o que estimula esta cáfila de alienados a ceifar vidas sem sequer pestanejar.
Tenho-me preocupado mais a lutar e a transmitir os valores da liberdade, da fraternidade e da democracia. Poder assistir à reabertura do Bataclan, no sábado, dia 12 de novembro, é algo impagável.
A lotação da sala está esgotada para vibrar com a atuação de Sting que já prometeu uma celebração grandiosa da "música e da vida". Quem melhor do que o músico inglês para eternizar um momento tão especial?
Em memória das 90 pessoas que tombaram às mãos de um grupo de assassinos, a música vai silenciar em definitivo o estrépito das armas e dos explosivos que teimam em ecoar na mítica sala de espectáculos parisiense.
As receitas do concerto de Sting serão entregues na sua totalidade à ‘Life for Paris’ e ‘13 Novembre : Fraternité Verité’, organizações que trabalham directamente com as vítimas dos atentados. Voltar a sentir o pulsar do Bataclan é algo que me enche o coração de alegria.
"Let the show begin!". Paris já perdeu o medo…