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Rock à Moda do Porto: música com sotaque do norte reúne lendas (ainda vivas) da cidade Invicta em dois dias de festa

Esta sexta e sábado, a Super Bock Arena, recebe o melhor que nas últimas quatro décadas nasceu, na área da música, na cidade do Porto. Para ouvir estão grupos como Taxi, Jafumega, Trabalhadores do Comércio, Clã, Pedro Abrunhosa e Mão Morta.
Por Miguel Azevedo | 18 de outubro de 2023 às 23:25
Pedro Abrunhosa Foto: cofina media

Passaram mais de quarenta anos mas o espírito mantém-se o mesmo. "São muitos anos a aguentar a maré. Continuamos a ser teimosos e enquanto tivermos histórias para contar vamos continuar a andar por cá". A garantia é de Sérgio Castro, músico que fundou os Trabalhadores do Comércio no já longínquo ano de 1979. O grupo está de volta e é um dos projetos que pode ser escutado e recordado na segunda edição do festival Rock À Moda do Porto que esta sexta e sábado toma conta da Super Bock Arena, no Porto.

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Sérgio Castro promete um espetáculo divertido "como sempre" que gira em torno do "cancioneiro dos Trabalhadores" e que vai contar também com temas do novo disco que já está pronto, 'Objecto', o primeiro de originais após onze anos de interregno. Em falta não ficarão obviamente temas como 'Tá Quietinho' ou 'Chamem a Polícia', canções que ficaram para sempre coladas ao grupo (recorda-se do menino João Médicis, de apenas sete anos, que fazia parte do grupo? pois é, ele ainda por lá anda e tem hoje 51 anos). Sobre aqueles que hoje são os fãs da banda e que deverão encher a Super Bock Arena, Sérgio Castro não tem dúvidas: "É malta daquela geração de oitenta, os filhos e os netos, mas ainda há da geração anterior que se calhar já levam os bisnetos ao colo".  

Depois do sucesso da segunda edição, o Rock à Moda do Porto volta a tomar conta da Super Bock Arena. Esta sexta-feira atuam os Jafumega, banda que nasceu em 1978 pelas mãos do cantor Luís Portugal, dos irmãos Mário e Eugénio Barreiros e do saxofonista José Nogueira. De lá para cá conquistaram um país inteiro graças a temas como 'Ribeira' (inspirado na zona ribeirinha do Porto), 'Kasbah', 'Nó Cego' e principalmente 'Latin'America', composições que vão fazer parte do espetáculo.

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A noite conta ainda com Pedro Abrunhosa (talvez aquele que é hoje o nome mais representativo da música nascida no Porto) e completa-se então ao som dos Trabalhadores do Comércio, banda que curiosamente surgiu para ridicularizar aquilo que entendia ser uma "negociata" da indústria da música em torno do 'boom' do rock Português, mas que acabou a fazer parte dela. "Saiu-nos o tiro pela culatra", diz hoje Sérgio Castro.          

 

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No sábado, último dia do Rock À Moda do Porto, o evento faz-se ao som de três outros grandes projetos que dispensam apresentações. Primeiro os Taxi, o tal grupo que reclamava ter uma 'Vida de Cão' e que nos anos 80, encabeçado por João Grande, colocou um país inteiro a mascar uma 'Chiclete' que ainda hoje perdura. Em palco estarão também os Clã, projeto liderado por Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves que, se nasceu com sotaque do Porto, se há coisa que nunca teve foi 'Problemas de Expressão'.

Sob a cúpula da Super Bock Arena deverão ainda fazer-se ouvir temas como 'Amor', 'Sinais', 'Dança na Corda Bamba', 'Sopro do Coração' ou 'H2Homem'. Finalmente, a completar o cartaz da última noite do festival estarão os Mão Morta. O grupo de Adolfo Luxúria Canibal, apesar de não ter nascido propriamente no Porto (formou-se ali ao lado, em Braga), foi na cidade invicta que se estreou em 1984 com um espetáculo no Orfeão da Foz, tendo chegado a ser elogiado pelo próprio Nick Cave.

 

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