Xutos celebram em grande os 45 anos de carreira e desabafam à FLASH! Weekend: "Os mais difíceis foram os primeiros 25"
Depois de mais de 20 concertos este verão, os Xutos & Pontapés encerram a digressão dos 45 anos de carreira com um mega espetáculo, este sábado, no Porto. A data coincide com o dia em que Zé Pedro, o eterno guitarrista do grupo, que morreu em 2017, completaria 68 anos de idade.
Quando olha para os 45 anos dos Xutos & Pontapés, Tim não tem dúvidas: "Os mais difíceis foram os primeiros 25. Demoraram muito a passar. A nossa vida nunca foi um mar de rosas e tivemos os nossos momentos complicados. Só que com o passar do tempo, aprendemos a dar mais valor a outras coisas e apesar de nestes últimos 20 anos até termos vivido problemas bem mais graves [destaque para a morte da manager e irmã de Kalú, Marta Ferreira, para o falecimento de Zé Pedro ou para a grave infeção ocular que vitimou Tim em 2010] este tempo passou como um fósforo".
É verdade que os anos já pesam (todos os elementos do grupo há muito que são sexagenários), mas a verdade é que o rock continua a funcionar com bálsamo da longevidade. "De vez em quando lá surgem umas maleitas, mas a coisa vai-se levando", diz Tim que, sobre o final do grupo, gosta sempre de citar João Cabeleira: "Quando os Xutos acabarem espero ser cremado".
Após uma intensa digressão de verão com a qual percorreram o país de norte a sul (especial destaque para a passagem pelo Festival Vilar de Mouros), o grupo reencontra-se com os fãs no Queimódromo do Porto para um espetáculo sugestivamente intitulado 'Olá Vida Malvada'.
Tim garante uma junção dos dois alinhamentos que os Xutos andaram a fazer na estrada nos últimos meses e brinca: "Vai ser um espetáculo um bocadinho mais volumoso". Garantidas estão algumas novidades do ponto de vista cénico e, como não podia deixar de ser, "uma homenagem" ao eterno companheiro e amigo Zé Pedro.
O grupo ainda pensou num concerto de entrada gratuita, mas até por causa do controlo das entradas, optou por um valor de bilhete mais acessível, de 20 euros por pessoa ou, em alternativa, um pack família, para quatro pessoas, no valor de 70 euros. "Queremos que este espetáculo seja uma boa desculpa para que as pessoas venham de longe comemorar connosco. Estávamos à procura de um local que fosse popular, pensámos em vários espaços e achámos que este seria o ideal e o mais acessível".
Quanto ao facto de se realizar no Porto, trata-se de uma paixão antiga. "Posso dizer que temos uma relação com o Porto desde 'pequeninos'. Acho que foi onde nos sentimos verdadeiramente estrelas pela primeira vez, precisamente por não ser a nossa cidade. E depois, o Zé também viveu algum tempo no Porto e por lá foi muito feliz".